Odisseia e Ulisses
Descobri recentemente que o título da obra de Homero, Odisseia, se refere à forma grega do nome do herói da obra. Li entretanto que Ulisses é forma latina. É verdade? Porque é que em português se usam origens diferentes para o nome do livro e para o nome do seu herói? Existe em português a forma grega do nome Ulisses?
Obrigado.
O topónimo Rossiona (atual Montenegro)
Qual a origem e o contexto da palavra "Rossiona" ou "Rosseona" no séc. XVI em Portugal?
Kardecismo, kardecista, kardeciano e kardecístico
As palavras "kardecista", "kardeciano", "kardequiano" e "kardequista" são usadas no Brasil para qualificar as coisas referentes ao pensador francês Allan Kardec, pseudônimo de Hipólito Rivail (1804-1869). Posto isto, pergunto: qual dessas variações é mais consentânea com as regras do idioma pátrio?
Desde já, agradeço sua resposta.
Ainda Buçaco vs. "Bussaco"
Como vivi, estudei e tenho família na vila de Luso, tenho dúvidas em relação ao nome da serra que a acalenta – «serra do Buçaco» ou «Bussaco». Tenho lido diversas publicações ou estudos sobre a maneira ortograficamente correta, com explicações académicas e referências de especialistas na matéria. Juntando tudo isto, levo a concluir que a forma correta seja Buçaco. Será? Muito agradecia uma resposta sobre este assunto, baseado, se possível, em autores especializados e respetivos tomos específicos e credíveis.
Com os melhores cumprimentos.
«Na vila do/de Redondo»
Por haver uma vila que se chama Redondo, como dizer: «nasci no Redondo», ou «nasci em Redondo»?
O apelido/sobrenome Viríssimo
Qual é a origem do sobrenome Viríssimo?
A origem do topónimo Chouso
Qual a origem do topónimo Chouso: «Rua do Chouso»?
Obrigado.
O sufixo de Mindelo, Ermelo, Barcelos e Formoselos
Encontro o sufixo elo ou elos, em muitas palavras, como por exemplo: Mindelo, Ermelo, Barcelos, Formoselos...
Será correcto afirmar que é um sufixo que significa «lugar de...», semelhante ao sufixo -eiro, que significa «profissão de...»?
A origem do topónimo Eirô (Portugal)
Permitam-me apresentar a seguinte questão que, para vocês, pode não ter qualquer interesse linguístico, mas, para mim, que aprendi a falar o português dos meus antepassados e conterrâneos, que muito respeito, ficava-lhes grato se me pudessem esclarecer se ela tem ou não justificação e se deveria ou não ser tida em consideração e respeitada.
Quanto ao significado do substantivo eirô, escrito com “ô” fechado, nome de um velho casal (unidade de exploração agrícola antiga), como sempre foi reconhecido, assim escrito e pronunciado, os dicionários da língua portuguesa desconhecem-no, mas reconhecem o termo "eiró" (com “ó” aberto), como derivando do latim hydreôla, diminutivo de hidra: «cobra de água (doce e fria)», ou «enguia»; ou então do nome masculino, regionalismo de eira de piso térreo, do latim, aréola: «pátio pequeno». Nos documentos que encontrei, a partir de 1519, relacionados com este casal ou casa, feitos, nomeadamente, por escrivães e tabeliães de Mosteiros (gente erudita da época, conhecedores de português e latim), a palavra eirô vai aparecendo, sucessivamente escrita, nas seguintes formas: eyroo, eiroo, eiro ou eyro e eyrô ou eirô, eirô, o que, como mero leigo observador, me parece poder conduzir à derivação da palavra latina hydreôla, independentemente de estar relacionada com eira (existindo, efectivamente, no interior da actual multissecular Casa do Eirô, um pátio térreo chamado eira), ou com «hidra de água doce e fria» ou enguia (espécie de peixe que, em outras eras, poderia ter vivido no ribeiro que passava junto).
Em reforço do apresentado, é verdade que o substantivo eirô, ainda hoje, aparece escrito, nesta forma, em vários sítios do país, como, por exemplo: o Largo do Eirô, a Casa do Eirô, em Alijó, a Aldeia do Eirô, em Seia, etc. Sei que existe a palavra eiró, com “ó” aberto, quando referida a um peixe, e, pelo menos, a um lugar, em Cabeceiras de Basto, assim como em sobrenome de familiar. Sei que, num dos livros de Eça, ou A. Garrett, ou Camilo, que li em jovem, vinha lá escrito «Largo do Eirô» com uma nota entre parênteses de que, entre outras, significaria qualquer coisa semelhante a «que ficava no entroncamento de três caminhos»... Independente da palavra latina donde possa derivar, não seria de manter as duas opções? Pelos vistos, depois de oito séculos de língua portuguesa, os seus dicionários ainda apresentam algumas omissões ou lacunas, intencionais ou não.
Nomes próprios (simples ou compostos) com a função de sujeito simples
Na frase «Ana Clara caiu da bicicleta», o sujeito é simples, ou composto? Minha dúvida é porque no sujeito simples tem apenas um núcleo (uma palavra), e nesse caso teria duas. Acho que é simples, mas não tenho certeza.
Antecipadamente agradeço.
