Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: determinante
Maria Ribeiro Professora de Português Portugal 2K

Qual é a diferença entre: «Comprei livros» «Comprei uns livros» «Comprei alguns livros»?

Se bem que a diferença me parece clara a um nível intuitivo, sinto dificuldades em precisá-la.

António Augusto Professor Évora, Portugal 7K

Na frase «Aquelas são as mesmas», a palavra «as» é determinante ou pronome?

Marco Cunha Estudante Lisboa, Portugal 8K

Quando é que se deve usar o artigo indefinido e quando é que se o deve[*] omitir?

Nalgumas situações os substantivos soam melhor com artigo e noutras soam melhor sem artigo.

Por exemplo, as frases «tens namorada?» e «sou professor» soam melhor do que as frases «tens uma namorada?» e «sou um professor», mas as frases «comprei uma camisola» e «ontem falei com uns turistas espanhóis» soam melhor do que as frases «comprei camisola» e «ontem falei com turistas espanhóis».

 

[*N.E. – Mantém-se a sequência «se o», embora a sua gramaticalidade seja controversa.]

Stephan Iddino Estudante São Paulo, Brasil 2K

A minha dúvida está relacionada com o uso dos pronomes demonstrativos este e esse. Apesar das numerosas respostas acerca do tema, não fiquei esclarecido. A questão é esta: existem significativas diferenças na língua portuguesa brasileira e na língua portuguesa europeia com relação ao uso dos pronomes demonstrativos este e esse?

A presente dúvida é fruto de uma leitura do Manifesto do Partido Comunista, cuja tradução foi elaborada por uma tradicional editora portuguesa:

«Anda um espectro pela Europa – o espectro do Comunismo. Todos os poderes da velha Europa se aliaram para uma santa caçada a este (1) espectro, o papa e o tzar, Metternich e Guizot, radicais franceses e polícias alemães. Onde está o partido de oposição que não tivesse sido vilipendiado pelos seus adversários no governo como comunista, onde está o partido de oposição que não tivesse arremessado de volta, tanto contra os oposicionistas mais progressistas como contra os seus adversários reacionários, a recriminação estigmatizante do comunismo? Deste (2) facto concluem-se duas coisas. O comunismo já é reconhecido por todos os poderes europeus como um poder. Já é tempo de os comunistas exporem abertamente perante o mundo inteiro o seu modo de ver, os seus objetivos, as suas tendências, e de contraporem à lenda do espectro do comunismo um Manifesto do próprio partido. Com este (3) objetivo reuniram-se em Londres comunistas das mais diversas nacionalidades e delinearam o Manifesto seguinte, que é publicado em inglês, francês, alemão, italiano, flamengo e dinamarquês” (MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Editora Avante).

A meu ver, não seria mais adequado:

A) «Esse espectro» em vez de «este espectro (1)», pois o espectro foi apresentado?

B) «Desse facto em vez de deste facto (2)», pois o fato foi apresentado?

C) «Esse objetivo em vez de este objetivo (3)», pois o objetivo foi apresentado?

Agradeço vossa atenção e aproveito a oportunidade para felicitá-los pelo maravilhoso trabalho que realizam!

Cristina Machado Professora Porto, Portugal 9K

Na frase «O filme cujo guião a Ana escreveu foi premiado» (= «A Ana escreveu o guião do filme»), devem ser ou não colocadas vírgulas na oração subordinada? Podemos considerá-la uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva?

Obrigada.

Nuno Silva Empresário Vila do Conde, Portugal 4K

Na frase «O João anda à tua procura», tua é pronome possessivo ou pessoal, uma vez que esta a substituir «a ti»?

Obrigado.

José Querido Aposentado Coimbra, Portugal 6K

Numa questão sobre seu/ dele ["Determinantes e pronomes possessivos seu/dele"], parece que entendem o dele também como pronome possessivo. Estou errado? É que, na verdade, já li tal "barbaridade" em, pelo menos, uma gramática da língua portuguesa usada programada para o 3.º ciclo e o ensino secundário. Em livros para o ensino do português (LE) na Galiza, esse erro é comum.

Em relação aos pronomes pessoais, a referida gramática coloca na 2.ª pessoa do singular tu/ você, e no plural vós/vocês. Os livros para o ensino do português (LE) vão mais longe: eu, tu, ele, ela, você, o senhor, a senhora, nós (não mencionam vós), eles, elas, os senhores, as senhoras.

Na verdade, anda por aí uma rapaziada – no caso da gramática, uma raparigada – a dar cabo da norma da língua.

Gostava de saber a vossa opinião no caso do dele/ dela, e plurais, como pronome possessivo.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

Apesar das abonações citadas pela consultora Sara Mourato, em 27/2/2019, em que se omite o artigo definido, creio que ele deve ser obrigatório quando se nomeiam órgãos do corpo humano.

Dizemos, por exemplo: «o pâncreas produz insulina» (e não «pâncreas produz insulina»); «o coração batia forte» (e não «coração batia forte»); «o útero compõe o aparelho reprodutor feminino» (e não «útero compõe o aparelho reprodutor feminino»). Portanto também: «moléstia do pulmão», «ele sofre do coração», «tumor da próstata», «inflamação dos rins», sempre com o artigo.

Cordialmente.

Adelaide Richardson Locutora Seixal, Portugal 1K

Deve dizer sempre «cancro da mama», e nunca «de mama»? Este último está sumamente errado?

Compreende-se que da é a contratação de de+a, mas então o artigo definido é imprescindível?

Obrigada.

Álisson Alves Estudante Planaltina-DF, Brasil 1K

Qual das frases a seguir está correta?

«Um antigo professor meu e da Amanda.»

«Um antigo professor da Amanda e meu.»

Desde já, muito obrigado!