Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: pronome
Alexandre Lopes Estagiário Ovar, Portugal 1K

Estava a assistir à reportagem da TVI sobre um eclipse solar híbrido na região Ásia-Pacífico e quando um espectador começou a comentar apareceu:

«Foi difícil convencê-los ao início, porque disse-lhes que ia durar só um segundo.»

Não devia ser «porque lhes disse»? Será só um erro? O pronome não devia estar atrás do verbo?

Gostaria de saber se essa frase está correta ou não.

Obrigado.

Jacira Silva Jornalista Madrid, Espanha 2K

Gostava de agradecer-vos pelo vosso excelente trabalho. Estou imensamente agradecida.

A minha pergunta é: qual é a posição dos pronomes de complementos com os pronomes isso, isto? «Isso me encanta», «Isso encanta-me», «Isto me ofende imensamente, Maria!»

Desde já agradeço a vossa ajuda. 

Francisco Pargana Professor Porto , Portugal 1K

Na frase «inocentou-se aquele réu», a voz é passiva sintética.

A minha dúvida é a seguinte: se essa frase não tem objeto direto, por que o verbo é ainda classificado como transitivo direto nessa voz?

Há algum gramático que dê uma luz sobre isso?

Muito obrigado!

Hugo Alexandre Rodrigues Martins Professor Brasil 1K

Por que incluímos determinadas palavras na classe fechada dos pronomes adjuntos (ou pronomes adjetivos)?

A dúvida é anterior à determinação da quantidade de adjetivos ou de pronomes adjuntos, pois ela se refere a seus respectivos conceitos.

Em outras palavras, qual conceito determina que certas palavras sejam pronomes (adjuntos), e não adjetivos, dado que ambas as classes se referem ao nome?

Paulo Ribeiro Professor Aveiro, Portugal 6K

Com a locução coordenativa correlativa «tanto...como...» dá-se a próclise ou a ênclise do pronome?

Exemplos:

a) «Tanto ele como ela se mantiveram calados.»

b) «Tanto ele como ela mantiveram-se calados.»

Nesta situação, qual a frase correta?

Obrigado pela vossa colaboração.

Emília Maria Alves Farinha Professora Torre da Marinha, Portugal 10K

Como se diz?

«Senhores e senhoras»

ou

«Senhores»?

Maria Antónia Fraga Professora (aposentada) Açores, Portugal 1K

Como devo dizer: «Obrigada sou eu que lhe fico» ou «obrigada sou eu quem lhe fica»? Ou ambas as formas são aceitáveis?

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 1K

Ouve-se e lê-se muitas vezes «o que gosto».

Segundo percebo por respostas anteriores, o verbo gostar pede o de.

No entanto, hesito numa frase como «O que gosto é de jogar futebol». Numa frase como esta, não devemos duplicar o de e escrever «Aquilo de que gosto é de jogar futebol»? Ou «O que gosto» basta?

Obrigado.

Paula Bernardes-Silva Professora, atualmente a exercer funções técnicas numa agência governamental Lisboa, Portugal 6K

Regra geral, tenho poucas dúvidas quanto ao português escrito; acredito, porém, que essa segurança advém do facto de ser uma leitora compulsiva, e não de ser especialmente versada nas questões menos comuns da gramática da nossa língua (de gramática, só recordo as distantes lições da instrução primária e do liceu, e uma leitura, também já distante no tempo, da «Nova gramática do Português contemporâneo»*, de Celso Cunha e Lindley Cintra), pelo que, frequentemente, me debato entre a certeza da formulação correta e a falta de base teórica para defender a minha posição. E quando não sei mesmo (nem sequer intuo), recorro ao Ciberdúvidas, claro.

Encontro-me presentemente a rever vários textos [...] e deparei com uma frase que me soa mesmo mal; mas como as alterações que proponho têm de ser discutidas com os autores, gostaria, caso tenha razão, que me proporcionassem o tal fundamento teórico, para poder apresentá-lo se aqueles não aceitarem a correção. A frase é a seguinte:

«Distinguir a diferença entre a perspetiva focal e periférica na relação com si próprio, com o outro, com os objetos e com o espaço.»

Eu sugiro «[...] na relação consigo próprio [...]». Tenho razão?

Obrigada e parabéns pelo vosso trabalho.

Maria Silva Estudante Portugal 1K

Antes de mais, parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido!

Tenho uma questão... no excerto:

«Portugal tem dois vizinhos: o oceano Atlântico e a Espanha. Um deles foi visto durante muito tempo como uma opção arriscada, traidora e perigosa, o outro era líquido.»

Numa questão apresentada em aula, considerou-se que, ao recorrer a "um deles" e a "o outro", se punha em evidência a coesão interfrásica.

Esta análise é a correta? Se sim, por que razão?

Muito obrigada pela atenção dispensada!