Embora viva em Portugal, continuo a ler mais em "brasileiro" do que em "português". Parece que as normas gramaticais não são iguais na conjugação pronominal (é assim que se diz?).
A minha pergunta é: quando devo dizer «Vou lavá-lo bem» e «Vou lavar-lhe bem»? «Vesti-lo» e «vestir-lhe»? «Desagradá-lo» e «desagradar-lhe»?
Desculpem se a minha pergunta é um pouco boba.
Em 1995 passou na televisão a série A Ilha Misteriosa, de Júlio Verne. Lembro-me de, nessa série, ser proferida uma frase em latim, que em português significa «Nemo (ninguém) controla a minha vida».
Já pesquisei a versão francesa do livro, que pode ser consultada no site do projecto Gutenberg e não encontrei tal frase. Deduzo que terá sido acrescentada posteriormente.
Também pesquisei no Google e penso que a tradução em latim da dita frase seja: «Nemo vitam meam regat». É correcta a tradução?
Obrigado pela vossa atenção.
Na seguinte frase: «Passamos boa parte de nossas vidas procurando um grande amor. Aquele que nos fará feliz e nos completará plenamente...», a palavra feliz deve ficar no singular ou no plural?
Obrigado e um forte abraço.
Como se escreve um tema na segunda pessoa? Será assim: «És detestável, não olhas a meios... para os teus fins!... etc.»?
Enfim, estou com muitas dúvidas... Podem ajudar-me?
Obrigada.
Estou a traduzir algumas expressões do inglês para português para serem usadas num guia destinado a turistas japoneses. Como o inglês é muito vago, em relação ao you, foi-me dito que devia usar todas as expressões possíveis em português, ou seja, masculino singular, feminino singular, masculino plural e feminino plural. Também me foi dito que o you seria sempre formal (você e não tu).
A minha dúvida é, por exemplo, na frase «Nice to meet you». Eu traduzi como: «Prazer em conhecê-lo/Prazer em conhecê-la/Prazer em conhecer-vos.» No entanto, a senhora japonesa para quem estou a fazer o trabalho tem alguns conhecimentos de português e perguntou-me se neste caso o plural «conhecer-vos» está bem aplicado, ou seja, se é o plural formal.
Ela tem ideia de que «conhecer-vos» seria o plural de «conhecer-te», e que o plural correcto e formal de «conhecê-lo/conhecê-la» deveria ser «conhecê-los/conhecê-las». Eu usei o -vos quando fiz o trabalho, porque pensei que seria a forma mais correcta, no entanto, após a pergunta dela, fiquei com dúvidas.
Assim, peço que, se for possível, me esclareçam esta questão.
Numa oração divulgada na Diocese de Leiria-Fátima, composta pelo bispo local, uma das partes diz o seguinte:«Dá-me a certeza de não estar só, mas de saber e querer-Te próximo...»
A minha dúvida é se a construção está correcta, ou se não deveria repetir-se o pronome, o que ficaria: «saber-Te e querer-Te próximo...»
Desde já agradeço a resposta.
Qual a diferença entre átonos e clíticos?
Gostaria de saber se está correta a frase: «Esse carro te pertence?»
Eu vejo muita gente usando frases parecidas. Mas o verbo (pertencer), por ser VTDI, não deveria ter uma preposição antes da pessoa, ou seja, o certo não seria somente: «Esse carro lhe pertence?»?
Caso a frase «Esse carro te pertence?» esteja correta, gostaria muito de uma explicação.
Obrigado pela atenção.
Onde se coloca o sujeito em orações com o gerúndio perfeito? Pode ficar entre, antes ou depois das formas verbais? Obedece a alguma regra?
No Brasil, a voz reflexiva correta dos verbos está cada vez mais esquecida na linguagem coloquial, de tal maneira, que frases como: «Quando se é criança, vê-se o mundo com outros olhos», «Se se trabalha muito, melhora-se de vida», «Fica-se estarrecido com a corrupção dos políticos», «Quem mata deve ser condenado à morte», «Quem não trabalha também não tem o direito de comer», «Quem é ladrão deve ir para a cadeia» passam a ser da seguinte forma: «Quando você é criança, você vê o mundo com outros olhos» ou «Quando você é criança, vê o mundo com outros olhos», «Se você trabalha muito, você melhora de vida», «Você fica estarrecido com a corrupção dos políticos», «Se você mata, você deve ser condenado à morte», «Se você não trabalha, também não tem o direito de comer», «Se você é ladrão, você deve ir para a cadeia».
Quem diz a voz reflexiva dessa maneira arrevesada, o faz quando está conversando com outra pessoa. Observe-se que, nos três últimos casos, podem-se gerar mal-entendidos, pois o interlocutor pode entender que está sendo chamado de assassino, vagabundo ou ladrão, ficando por isso mesmo ofendido.
Como se pode perceber, se é substituído por você. Quando o primeiro termo é usado, a frase torna-se geral, alguma coisa que se aplica a todos, que vale para todos. Creio ser esta mesma a finalidade da voz reflexiva.
Todavia, quando o segundo termo é utilizado, embora a intenção seja dizer algo que valha para todos, não se diz assim, pois a palavra você faz com que o que foi dito valha só para a pessoa com quem se fala.
Sobre tudo isto aqui ventilado, peço os comentários e os esclarecimentos desse credibilíssimo sítio. Gostaria outrossim de saber se essa inovação seria mais uma influência do inglês na língua portuguesa. Ficaria feliz também se me dissessem se tal fenômeno de linguagem ocorre também aí em Portugal.
Muito agradecido.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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