A pronominalização de complementos directo e indirecto
Estamos a levar a cabo um pequeno trabalho sobre a pronominalização de complementos directo e indirecto. Temos vindo a verificar um fenómeno interessante: os falantes usam frequentemente -lhe em pronominalizações que deveriam ser -o/a ou -os/as. Exemplo: «Ele viu o João ontem à tarde» — *«Ele viu-lhe ontem à tarde», entre outros. Gostaríamos de saber se também verificou esta ocorrência e quais as possíveis explicações para este facto. Também gostaríamos de questioná-lo sobre a existência de algum artigo relativo a este aspecto que poderíamos consultar. Desde já agradecemos a sua atenção. Saudações linguísticas...
Compatibilidade de se com outros pronomes, novamente
Existe erro na construção da oração: «Intime-se-a acerca dos documentos juntados ao processo». É correto escrever «intime-se-a»?
«Falta-te juízo!»
É correto dizer: «Falta-te juízo!»? Em outras palavras, é possível usar pronome oblíquo de segunda pessoa quando o verbo pedir um objeto indireto? Seria melhor dizer: «Falta juízo a ti»?Sei que o mais correto seria dizer: «Falta-lhe juízo». Porém, quero manter a conjugação na segunda pessoa, como é possível?
Grato.
«A CP deseja-lhes uma boa viagem...»
Nos comboios Alfa, a CP [Caminhos-de-Ferro Portugueses], pela voz dos seus funcionários, anuncia que «A CP deseja-lhes uma boa viagem...».
«Deseja-lhes», ou «deseja-vos»?
As funções sintácticas do pronome lhe
Em que contexto o lhe pode ter função sintática de sujeito?
Grato!
Um se a mais
Quanto à consulta do Prof. Luciano Eduardo de Oliveira, em 23/5/2007, parece-me que na frase «Também se usa a palavra mate quando se quer dirigir-se de maneira agradável a outra pessoa, principalmente homem», ocorre, em verdade, uma locução verbal (quer dirigir-se); portanto bastaria um se para tornar a frase gramatical, ou pelo menos, mais suave aos ouvidos. Assim seria: «Também se usa a palavra mate quando se quer dirigir de maneira agradável a outra pessoa, principalmente homem.»
«Ele lia todos os livros que podia»
Congratulo, desde já, a incontestável utilidade do Ciberdúvidas, que tem esclarecido as minhas incertezas quanto a diversos aspectos.
Sei que é possível dizer-se «Ele lia tudo quanto podia» ou «Ele lia todos os livros que podia», porém, tenho dúvidas quanto à correcção da frase «Ele lia todos os livros quanto podia». Gostaria, portanto, que me esclarecessem tal dúvida.
Muito obrigada.
«Não dá para mim fazer tudo sozinho»
Aprendi que a frase «É bom para mim comer bem» está correta, pois posso inverter a frase, indicando que o mim não é sujeito, por causa também da regência nominal do adjetivo bom e porque «para mim» indica opinião. Porém fiquei numa dúvida tremenda diante da seguinte frase: «Não dá para mim fazer tudo sozinho»; justificaria assim: «Fazer tudo sozinho não dá para mim» ou «Para mim, fazer tudo não dá» — até vejo a idéia de opinião, mas não vejo a regência nominal para poder utilizar o mim diante de infinitivo. Afinal, «Não dá para mim fazer tudo sozinho» está correta?!
É isso! Aguardo ansiosamente sua explicação!
Contracção de pronomes
Sou professora de Espanhol e estudo Tradutorado de Português (variedade português do Brasil). Participo do Clube de Escrita Criativa do Camões, lá em Portugal, e sinto uma grande falta de informação, apesar dos bons sites como este (obrigada). E a gramática de Celso Cunha para o português europeu não está à venda por aqui.
A questão — neste caso — que mais me preocupa é sobre -ta.
Disseram-me — e é fácil adivinhar com um exemplo — que se trata de dois pronomes juntos: "enviá-tas" (enviar + te + as). Não me lembro se o acento é como no Brasil.
Já o lho, suponho que é lhe + o. Mas sei que tem muitas possibilidades.
O caso é que não encontro (on-line) nenhuma das regras de formação de estas e outras contrações que não existem no Brasil e gostaria de aprender.
Poderiam me enviar um resumo e dizer-me se pertencem ao português culto?
«João, o discípulo a quem Jesus amava»
Em relação ao verbo amar, se eu digo «João, o discípulo a quem Jesus amava», quem ama quem na frase? João ama Jesus, ou Jesus ama João? Para o verbo amar usamos a regra parecida?
