Na frase «No início de todos os anos lectivos, no momento de começo de mais um ano de convivência e confronto entre jovens e adultos, o que os primeiros esperam dos segundos, ainda que não o verbalizem, é que eles exijam, que incitem, que provoquem a actividade necessária à aprendizagem...», a palavra «o» em «ainda que não o verbalizem» é um pronome pessoal ou demonstrativo?
Obrigada.
Agradeço a atenção dispensada, mas continuo com a minha dúvida. Os exemplos apresentados, por exemplo, «amar»/«amar-se», são de fácil compreensão. Não vejo onde possa ter lugar o «casar-se», com o «se» reflexo, pois ninguém se casa consigo próprio. Agradecia, pois, que me indicassem um contexto em que se aplique o «se» de «casar-se».
«O que torna as pessoas sociáveis é a sua incapacidade de suportar e, nela, a si mesmas.»
Gostaria de saber se o «que» nesta oração seria o primeiro exemplo de vocábulo que se refere a um outro termo anterior?
Desde já agradeço.
Recebi de outro professor de Língua Portuguesa a informação de que os pronomes "ele" e "ela" quando não exercem a função de sujeito são classificados como "pronomes pessoais do caso oblíquo", ambos.
O que sei é que os pronomes “eu”, “tu”, “ele”, “nós”, “vós” e “eles” são classificados como pronomes pessoais do caso reto e que exercem a função de sujeito.
Já os pronomes do caso oblíquo, como “me”, “mim”, “se”, “o”, etc, exercem a função de objeto.
No presente caso, o que eu diria, à primeira vista, é que os pronomes “ele” e “ela”, quando em função de complementos, estariam FAZENDO FUNÇÃO DE OBJETO, mas não posso afirmar inequivocamente que isso os qualificaria como pronomes pessoais do caso oblíquo.
Gostaria, portanto, de obter ajuda da competente equipe do Ciberdúvidas, que tem se mostrado, cada vez mais, o melhor “site” de consulta para dirimir dúvidas acerca da língua portuguesa.
Qual a função sintática dos termos «lhe» e «aos pés» na frase: «O medo acrescentou-lhe asas aos pés»?
Sou estudante universitária do curso de Português e Francês e tenho uma dúvida relativa à utilização dos pronomes possessivos «seu» e «dele». Quando estudei latim, aprendi que estes pronomes são utilizados em contextos diferentes, por exemplo «o seu pai» e «o pai dele» são frases que são proferidas pelos falantes como tendo o mesmo significado mas que, realmente, não o têm. Todavia, ao procurar na Gramática do Português Contemporâneo, não vejo nenhuma referência a este aspecto. Pedia, por isso, um esclarecimento, de forma a poder falar melhor português.
Desde já muito obrigada.
Por favor, queria que me esclarecessem porque às vezes se encontram pronomes tónicos depois de átonos, por exemplo: «Cabe-me sempre a mim resolver os problemas.»
«Fui traído pelas mentiras dela, nunca me dei conta das mesmas.»
Dizem-me, aqui no Brasil, que está frase é incorreta pois transforma «mesmas» em pronome pessoal, e fazê-lo é errar. Deveria ter escrito: «nunca me dei conta delas».
Ora, Camilo Castelo Branco escreve no parágrafo de abertura de Os
Brilhantes do Brasileiro o seguinte:
«As camarinhas aljofravam a brunida testa de Fialho Barrosas, como se a porosa cabeça deste sujeito filtrasse hidraulicamente o estanque de soro recluso do mesmo [grifo meu].»
Pergunto-lhes, a vocês, o Camilo não está a usar «o mesmo» como pronome pessoal também? Ele não está a errar também, ou nem por isso?
Grato pela vossa atenção,
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