Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz , Brasil 641

É de conhecimento do Ciberdúvidas alguma doutrina que aponte a locução «logo que» como conjunção condicional?

Pergunto isso porque sempre vejo em manuais de gramática que a referida locução pertence às conjunções temporais.

Porém vi em um livro de português o seguinte exemplo no rol do exemplário condicional: «Irei, logo que me permitam.»

Obrigado.

Geobson Freitas Silveira Agente de correios Bela Cruz, Brasil 1K

A conjunção ou indubitavelmente é classificada como conjunção alternativa em qualquer livro de gramática. Não obstante, vejo que no contexto abaixo o sentido expresso por ela está mais adição em vez de alternância. Seria correto classificá-lo como conjunção aditiva?

«O professor fala português ou inglês fluentemente.»

Obrigado.

Cristina Aparecida Duarte Tradutora São Paulo, Brasil 1K

Em um artigo sobre as futuras possibilidades do uso da tecnologia digital, li várias orações com verbos no presente que me despertaram dúvidas sobre o uso do indicativo ou do subjuntivo (conjuntivo em Portugal). Praticamente em todos os exemplos, o verbo aparecia no presente do indicativo na oração subordinada, mas o verbo da principal estava no futuro do indicativo.

Exemplos:

– «Quando estamos em férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas em simultâneo e serão escritas no dispositivo na sua língua materna.»

– «Quando compramos numa loja de desportos online, iremos escolher o artigo que desejamos.»

– «Enquanto estamos em uma reunião de trabalho, a ata está a ser elaborada.»

No português do Brasil, parece ser muito mais comum o uso do subjuntivo na oração subordinada nesses casos. Dependendo da oração, acredito que poderia ser considerado incorreto o uso do indicativo. Diríamos, por exemplo: «Quando estivermos de férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas...», ou «Quando estamos de férias, as conversas (...) são traduzidas».

Gostaria de saber se me podem ajudar com a interpretação do uso dos tempos e modos verbais com as conjunções enquanto e quando nos citados contextos.

Muito obrigada pela ajuda e parabéns pelo trabalho realizado todos os dias.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 579

«Não DEVEMOS ter medo de nada e NÃO (devemos) DESISTIR da luta.»

Na frase anterior será possível subentender o verbo devemos entre o advérbio não e desistir?

Obrigado

Geobson Freitas Silveira Trabalhador público Bela Cruz, Brasil 1K

Gostaria, por gentileza, de saber se é correto classificar o vocábulo afinal, no contexto abaixo, como conjunção explicativa, porque, a meu ver, sua função, na aplicação em questão, se aproxima muito do sentido expresso pela conjunção porque.

«Esqueça aquela garota, afinal ela não merece seus sentimentos.»

Cristiano Giuntella Estudante Ravena, Italia 646

Gosto muito do Rúben Amorim e vejo todas as conferências de imprensa dele.

Tenho uma dúvida sobre uma frase que ele disse hoje, ou seja (minuto 10:32, Youtube):

«O contexto é completamente diferente. Quando jogámos aqui, acho que tínhamos os mesmos pontos ou, se o Porto ganhasse, apanhava-nos na classificação.»

Tendo em conta que foi um evento relativo ao passado e hoje não poderia acontecer, não deveria ter dito: «Se o Porto tivesse ganhado, ter-nos-ia apanhado/tinha-nos apanhado na classificação»?

Obrigado.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 1K

Na frase «As crianças se disciplinam logo cedo», vocábulo se é pronome reflexivo ou partícula apassivadora?

Já a frase na «A menina se cortou», o vocábulo se é pronome reflexivo com a função de objeto direto? Ou partícula apassivadora?

Como diferenciar partícula apassivadora de pronome reflexivo com a função de objeto?

Obrigado!

Patrícia Sanches Vendedora Faro, Portugal 817

Sabemos que os pronomes relativos devem ser procedidos pela regência dos verbos que os seguem. No entanto, não é uma prática que percebo na oralidade.

É frequente ouvir:

Li o livro que me falaste.

Em vez de: Li o livro de que me falaste.

Aprendi a música que gosto.

Em vez de: Aprendi a música de que gosto.

Gostaria de saber o que as gramáticas dizem sobre isto e a vossa opinião. Devemos considerar agramatical?

Obrigada!

Luísa Pinto Professora Mouriz/Paredes, Portugal 1K

No excerto:

«O último elemento do grupo, o narrador, não era tão sonhador como os outros e, por isso, não via forma nenhuma naquela nuvem. Para não ficar mal perante os outros, ele afirma que vê um hipopótamo. Perante tal afirmação, toda a gente ficou espantada.»

As classes e subclasses das palavras via e para são, respetivamente, verbo principal transitivo direto e indireto (seleciona complemento direto e complemento indireto) e conjunção subordinativa final?

Obrigada.

Carla Santos Curiosa Ponta Delgada, Portugal 911

Gostaria que me esclarecesse qual constitui um melhor uso da lingua: a frase «Rogou a Deus para que lhe desse saúde», «Rogou a Deus para lhe dar saúde» ou «Rogou a Deus que lhe desse saúde». Será que as frases são todas aceitáveis?

Grata pela vossa disponibilidade.