Desconsiderando a substituição do futuro do pretérito simples do indicativo pelo pretérito imperfeito do indicativo em condicionais, que os lusofalantes fazem, gostaria de saber a diferença de significação entre:
(1) «Se ele não tivesse roubado isso, nós teríamos fugido.»
(2) «Se ele não roubasse isso, nós fugiríamos.»
Não consigo identificar a distinção de condicional contrafatual quando formada pelo (1) pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo e pelo (2) pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito simples do indicativo. E ainda, não sei se é possível combinar as formas supracitadas e quais seriam os novos significados, como em:
(3) «Se ele não tivesse roubado isso, nós ganharíamos»;
(4) «Se ele não roubasse isso, nós teríamos ganhado».
Obrigado pela atenção.
Gostava de saber se a construção «Um bom amigo deve ser uma pessoa com que puderes partilhar o tempo e passá-lo bem» é correta e se poderia ser igualmente válida com presente de conjuntivo («com a que possas partilhar o tempo»)
E qual seria a explicação da razão de usar uma ou outra?
Obrigadíssima e parabéns pelo trabalho.
A frase «eu sou o pão vivo, que desci do céu» [João 6, 51] soa-me sempre mal, mas fico na dúvida se em português é possível fazer esta construção ou se, pelo contrário, seria obrigatório que o verbo da oração relativa ficasse na terceira pessoa, concordando com o antecedente do relativo – «o pão vivo».
Fico com a ideia de que em latim, por exemplo, esta frase não resultaria problemática porque o que declinado indicaria a sua relação com o eu da oração subordinante, equivalendo a «eu, que desci do céu, sou o pão vivo», sendo então esta a única formulação em português que se poderia aceitar como correcta, obrigando a que o relativo esteja mesmo sempre a seguir ao seu antecedente.
É assim?
N. E. (07/04/2020) – Manteve-se a forma correcta, que é da norma anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.
Qual destas possibilidades está certa? Encontrei as duas possibilidades, fiquei na dúvida sobre qual das duas possibilidades corresponde ao Português Europeu. No caso da primeira também ser possível em PE, a possibilidade decorre da presença do conetor ou de mecanismos enfáticos ou outra possibilidade, claro. Obrigado 'Ao lhe cortarem as tranças, a menina ficou muito triste' ou 'Ao cortarem-lhe as tranças, a menina ficou muito triste'.
Na frase «ajudei-o a que fizesse as malas», a completiva finita oblíqua pode ser substituída pelo pronome isso?
«Ajudei-o a isso.» Está correta essa frase?
Tradicionalmente a completiva finita oblíqua em causa se chama oração subordinada substantiva objetiva indireta?
Obrigado.
Como faço para diferenciar a palavra então de advérbio e conjunção (principalmente conclusiva)?
Grato.
Agradecia que me esclarecessem se a frase apresentada é admissível: «Ele pretendia ser mais do que o que era.»
Obrigado.
Com referência à consulta de 17/4/2020, cuja resposta circunstanciada abordou elegantemente as sutilezas sintáticas que envolvem a frase examinada, vejo-me forçado a retomar o assunto para aclarar um ponto restante de sombra.
Aqui, o período: «Anda por retos caminhos, que assim vais plasmar tua integridade e a virtude será teu brasão.»
Assumindo, como foi aventado na resposta, que a terceira oração ("e a virtude será teu brasão") é passível de ser considerada subordinada (consecutiva, no caso), seria ela subordinada a qual oração subordinante? À primeira? À segunda? Ou a ambas, que assim formariam um grupo semântico, cuja consequência é exposta na terceira?
Eis o que eu gostaria de saber. Com antecipados agradecimentos.
«Anda por retos caminhos, que assim vais plasmar tua integridade e a virtude será teu brasão.»
No período acima, a oração «e a virtude será teu brasão» é uma oração coordenada aditiva, já que se liga pela conjunção e com a oração anterior; ou é uma oração coordenada explicativa, como a oração anterior, coordenada com esta, mas mantendo sua condição de oração explicativa?
Agradeço desde já.
Na frase «custou ao aluno entender a lição», qual é o sujeito?
Obrigada.
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