É correto dizer «Falaste mais bem dele do que mal» ou dever-se-ia dizer: «Falaste melhor...»?
Efetivamente, o senso comum diz-nos que, quando o verbo não está no particípio passado, se deve dizer melhor. No entanto, no entender de alguns puristas como Sá Nogueira, melhor é comparativo de «mais bom» e nunca de «mais bem», como julgo que afirmam numa das vossas respostas.
Mesmo assim, esta posição será válida?
Tendo fundamento, devemos ser nós mais puristas ou laxistas?
Malgrado a insistência neste tópico que se faz presente nas respostas inúmeras dadas aqui na página, gostaria que me elucidassem (e, se o assunto for polémico e não se importarem, debatessem) as minhas dúvidas.
Um bem-haja a todos os consultores!
Consideremos a frase: «Nós nos aliamos a ele desconfiados.»
A função sintática do termo nos é objeto direto ou objeto indireto? Ou o termo nos não desempenha função sintática, sendo uma parte integrante do verbo?
Obrigado.
Em «E levantaram-se todos, e deitaram-se todos ao mar, e chegaram todos à porta da gruta onde morava o Polifemo», considerariam a existência de uma anáfora?
Obrigada!!
Na frase «cego pelo ódio», cego desempenha a função de adjetivo?
E «ódio», tem a função de complemento agente da passiva?
Obrigado.
Faz-me confusão o facto de os portugueses não usarem sempre a preposição a antes dos complementos diretos de pessoa.
Por exemplo:
«Convidei o meu amigo para jantarmos juntos».
«Defende o chefe da comissão». (defender ou louvar uma pessoa)
«A empatia é fundamental para conhecermos o outro».
«Leva as pessoas a fazerem parte disto».
«Rui cumprimentou o Pedro».
Há alguma regra?
Em espanhol dizemos assim: «Invité a mi amigo para que cenemos juntos»; «Defiende al jefe de la comisión»; «La empatía es fundamental para conocer al otro»; «Lleva a las personas a formar parte de esto»; «Rui saludó a Pedro».
Muito obrigada. Agradeço muito a vossa ajuda.
Na frase: «O homem passou de professor a diretor.»
1. Qual a função sintática do termo «de professor»?
2. Qual a função sintática do termo «a diretor»?
3. Qual a transitividade do verbo passou?
Obrigado.
Na frase «A situação política deflagrou em 1383-1385», qual a função sintática de «em 1383-1385»?
Tenho dúvidas se será modificador ou complemento oblíquo.
Obrigada, desde já.
Uma aluna de PLE nível B1 escreveu a seguinte expressão num texto: «os meus pais levavam eu e a minha irmã».
Corrigi a frase para: «os meus pais levavam-me a mim e à minha irmã». Ela compreendeu a alteração e a substituição do pronome de sujeito eu pelo pronome de complemento de complemento direto me, mas questionou-me sobre a necessidade de incluir a expressão «a mim», uma vez que lhe parece um uso redundante. A pergunta pareceu-me pertinente, mas expliquei-lhe que não podemos omitir «a mim», sob pena de a frase se tornar incorreta (*os meus pais levavam-me e à minha irmã).
Gostaria de confirmar como se pode explicar o uso repetido dos pronomes numa expressão deste género. Trata-se de um verbo transitivo direto e indireto que exige neste caso o complemento direto (me) e o oblíquo («a mim»)? E há alguma forma mais simples de explicar isto a um aluno estrangeiro sem entrar em tecnicismos?
Muito obrigada.
Nas frases «Desmorona-se o sistema» e «Para lá de nós, estende-se o mistério da vida», qual a função sintática dos elementos «o sistema» e «o mistério da vida»?
A dúvida coloca-se por se tratarem de verbos acompanhados do pronome se que, em muitos casos, configuram sujeitos nulos indeterminados – «alguém desmorona o sistema» (como em «vende-se casas» = alguém as vende).
Na segunda frase, a expressão «o mistério da vida», quando colocada na passiva, passa a sujeito («O mistério da vida estende-se»), o que me coloca em dúvida em relação à sua função na ativa.
Gostava de saber qual é a forma correta na conjugação de querer (quis) + o/a/as/os.
É frequentemente advertido que, no Português europeu, o verbo querer quando combinado com pronomes oblíquos na segunda e terceira pessoa pode adquirir as formas quere-o/requere-a. Fiquei, então, na dúvida se algo parecido acontece ou não nas suas respetivas formas do pretérito quis. Está correto «ele qui-lo» em Portugal?
Muito obrigado desde já por qualquer esclarecimento desta pequena dúvida!
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