Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Funções sintáticas
Victorino Manuel Professor Ndalatando, Angola 410

Na frase «o presidente do conselho de administração da Infortecnol, empresa do sector das tecnologias de informação e comunicação, Pedro António Manuel, também conhecido por Pedro Manico, chega hoje à minha terra natal», verifica-se que a expressão «o presidente do conselho de administração da Infortecnol» é complementada por três elementos, todos separados por vírgula, que dão informação adicional.

Nesse sentido, podem as expressões «empresa do sector das tecnologias de informação e comunicação», «Pedro António Manuel» e «também conhecido por Pedro Manico» ser classificados, conjuntamente, como modificadores apositivos?

Se não, que função sintáctica caberá a cada uma delas?

Grato pela atenção.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 407

Em relação ao verbo enumerar, é possível admitir-se uma ocorrência/construção com a preposição em?

«As qualidades que o pai enumerou NOS filhos eram muitas.»

Obrigado.

Pedro Miguel Ferreira Machado Desempregado Braga, Portugal 515

É correto dizer «Falaste mais bem dele do que mal» ou dever-se-ia dizer: «Falaste melhor...»?

Efetivamente, o senso comum diz-nos que, quando o verbo não está no particípio passado, se deve dizer melhor. No entanto, no entender de alguns puristas como Sá Nogueira, melhor é comparativo de «mais bom» e nunca de «mais bem», como julgo que afirmam numa das vossas respostas.

Mesmo assim, esta posição será válida?

Tendo fundamento, devemos ser nós mais puristas ou laxistas?

Malgrado a insistência neste tópico que se faz presente nas respostas inúmeras dadas aqui na página, gostaria que me elucidassem (e, se o assunto for polémico e não se importarem, debatessem) as minhas dúvidas.

Um bem-haja a todos os consultores!

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 373

Consideremos a frase: «Nós nos aliamos a ele desconfiados.»

A função sintática do termo nos é objeto direto ou objeto indireto? Ou o termo nos não desempenha função sintática, sendo uma parte integrante do verbo?

Obrigado.

Isabel Castro Professora Portugal 420

Em «E levantaram-se todos, e deitaram-se todos ao mar, e chegaram todos à porta da gruta onde morava o Polifemo», considerariam a existência de uma anáfora?

Obrigada!!

Ana González Lisboa, Portugal 501

Na frase «cego pelo ódio», cego desempenha a função de adjetivo?

E «ódio», tem a função de complemento agente da passiva?

Obrigado.

María Soledad Pereira Corretora de Textos em Língua Espanhola Buenos Aires, Argentina 568

Faz-me confusão o facto de os portugueses não usarem sempre a preposição a antes dos complementos diretos de pessoa.

Por exemplo:

«Convidei o meu amigo para jantarmos juntos».

«Defende o chefe da comissão». (defender ou louvar uma pessoa)

«A empatia é fundamental para conhecermos o outro».

«Leva as pessoas a fazerem parte disto».

«Rui cumprimentou o Pedro».

Há alguma regra?

Em espanhol dizemos assim: «Invité a mi amigo para que cenemos juntos»; «Defiende al jefe de la comisión»; «La empatía es fundamental para conocer al otro»; «Lleva a las personas a formar parte de esto»; «Rui saludó a Pedro».

Muito obrigada. Agradeço muito a vossa ajuda.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 640

Na frase: «O homem passou de professor a diretor.»

1. Qual a função sintática do termo «de professor»?

2. Qual a função sintática do termo «a diretor»?

3. Qual a transitividade do verbo passou?

Obrigado.

Maria José Marques Veiga Professora Portugal 365

Na frase «A situação política deflagrou em 1383-1385», qual a função sintática de «em 1383-1385»?

Tenho dúvidas se será modificador ou complemento oblíquo.

Obrigada, desde já.

Sofia Rente Professora de Português Maia, Portugal 520

Uma aluna de PLE nível B1 escreveu a seguinte expressão num texto: «os meus pais levavam eu e a minha irmã».

Corrigi a frase para: «os meus pais levavam-me a mim e à minha irmã». Ela compreendeu a alteração e a substituição do pronome de sujeito eu pelo pronome de complemento de complemento direto me, mas questionou-me sobre a necessidade de incluir a expressão «a mim», uma vez que lhe parece um uso redundante. A pergunta pareceu-me pertinente, mas expliquei-lhe que não podemos omitir «a mim», sob pena de a frase se tornar incorreta (*os meus pais levavam-me e à minha irmã).

Gostaria de confirmar como se pode explicar o uso repetido dos pronomes numa expressão deste género. Trata-se de um verbo transitivo direto e indireto que exige neste caso o complemento direto (me) e o oblíquo («a mim»)? E há alguma forma mais simples de explicar isto a um aluno estrangeiro sem entrar em tecnicismos?

Muito obrigada.