DÚVIDAS

Pronome recíproco: espanhol vs. português
A seguinte situação é-me um bocado confusa, pois lamentavelmente tenho dificuldade em parar de pensar de acordo com a gramática de um dos meus idiomas maternos, o espanhol. No espanhol, é possível construir a frase imperativa «apriétense las manos!» ou «dense las manos!», pois no espanhol, estamos a mandar fazer essa ação reciprocamente. Em português, não entendo porque só há de ser «apertem as mãos» e «deem as mãos» (versus estas supostas frases erradas segundo os nativos de português: “apertem-se as mãos” e “dêem-se as mãos.) Agradeço antecipadamente a vossa resposta.
O pronome inerente de intrometer-se
O pronome pessoal se pode ter vários valores. Relativamente ao valor reflexo, sabemos que a ação cai sobre quem a praticou, por isso, verbos como vestiu-se, lava-se, deitar-se, etc., são fáceis de identificar. Sei também que a expressão «a si mesmo/próprio» é uma boa maneira de identificação. A minha questão é sobre o que se passa em outros verbos, por exemplo, cruzar-se, intromete-se ou apercebeu-se. A frase «Ele intromete-se (a si próprio) na vidas das outras pessoas» não me parece descabida de todo, no entanto, num livro de exercícios de gramática que estou a usar indicam que este se não tem valor reflexo, assim como nos outros verbos que mencionei. Há alguma outra maneira de identificar mais facilmente o valor do pronome pessoal se?
Modificadores do nome: «invenção japonesa»
Nas frases: «O 25 de Abril, que todos conhecemos como a revolução dos cravos, é um dia memorável.» «Os sismos, abalos telúricos, causam tremendos prejuízos.» «As cartas Magic, uma invenção japonesa, entretêm as crianças com muita imaginação.» os constituintes «dos cravos», «telúricos», «japonesa» desempenham a função sintática de modificadores ou complementos do nome? Tenho alguma dificuldade em distinguir estas duas funções sintáticas. Agradeço, desde já, o esclarecimento.
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