Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Coesão/Coerência
Henrique Mendes Estudante Lisboa, Portugal 48K

Queria saber o que é a composição poética e a estrutura interna de um poema, pois preciso de esclarecimento para um trabalho e não percebo o que é. Poderiam ajudar-me, por favor?

Paulo Fonseca Montijo, Portugal 3K

A minha questão está relacionada com a escrita literária e a utilização de incisos nas diferentes perspetivas do texto. A dúvida surge sempre que sinto que faz sentido colocar ações, ou pensamentos, de uma personagem diferente da que está a usar a palavra. Quando o texto está escrito na perspetiva da primeira pessoa, porque tudo é visto do seu ponto de vista, terá de ser assim; no entanto, quando o texto está escrito na terceira pessoa, não é tão linear. Existem regras precisas quanto ao uso dos incisos na escrita literária? Por exemplo, é regra que os incisos digam respeito apenas à personagem que tem a palavra?

Helena Lopes Portugal 57K

Vinha perguntar como classificar a locução «por isso», uma vez que surge sempre nas gramáticas como locução conjuncional ou conjuntiva, apesar de se constituir exatamente como as locuções adverbiais.

Obrigada pelo vosso ótimo trabalho!

João Rodrigues Professor Pombal, Portugal 11K

Escrevo-vos no sentido de esclarecer a classificação do advérbio efetivamente, uma vez que tenho encontrado diferentes opiniões relativamente ao seu enquadramento nas diversas gramáticas.

Devo concluir, portanto, que o mesmo pode ser classificado como de frase, afirmação ou conectivo?

Consideremos o seguinte exemplo, retirado de um caderno de exercícios: «Realmente fui muito feliz naquele lugar. Efetivamente, não me lembro de mais nenhum espaço que me faça sorrir e ter esperanças como aquele.» Como se classifica, neste contexto, o advérbio e porquê?

Agradeço, desde já, a enormíssima ajuda que o Ciberdúvidas tem dado àqueles que se preocupam e estudam a língua portuguesa. 

Roziane Martins Estudante São Paulo, Brasil 31K

Gostaria de que esclarecessem uma questão sobre emprego do tempo verbal com que eu e minhas colegas da faculdade de Psicologia sempre ficamos em dúvida .

Algumas colegas defendem que, na introdução de um trabalho acadêmico, se deveria, obrigatoriamente, usar o verbo tão-somente no futuro do presente. Argumentam que, na introdução, se relataria, em breves pinceladas, o que, de forma mais detalhada, se falará futuramente no decorrer do texto de que faz parte a referida introdução. Por exemplo: «O presente trabalho buscará avaliar a capacidade do indivíduo em relação a...»

Pois bem. Se o próprio Camões, na “introdução” de Os Lusíadas (Canto I), escreve «Cantando espalharei por toda parte...», não sou eu certamente que me arriscaria a dizer que elas estão erradas quanto a usar o verbo no futuro.

Mas será que usar o verbo no passado também não estaria correto? Por exemplo: «O presente trabalho buscou avaliar a capacidade do indivíduo em relação a...» Ora, seja na introdução ou não, estamos relatando um trabalho que, na verdade, já foi feito, no passado, em um momento anterior ao texto que estamos redigindo, para formalizar esse trabalho realizado.

Será que não é só uma questão de perspectiva, de decidir em que momento do tempo poremos o enunciador em relação ao fato que ele enuncia e de decidir qual fato afinal importa destacar? Devemos destacar o trabalho realizado, que se formaliza com o texto, ou destacar o próprio texto cujo curso segue após sua introdução?! Fico imaginando também se, com o verbo no passado, o texto ficaria mais discreto, como talvez conviesse a um texto científico. Não se trata de poesia, vale lembrar. Aliás, será que o verbo no passado produziria um efeito de maior certeza sobre o que foi feito, ao passo que o verbo no futuro não, pelo menos no caso em tela?

Muito obrigada.

Polyana Prates de Oliveira Plais Professora Belo Horizonte, Brazil 11K

Na frase «embora ele tenha detalhado cada ponto de Lisboa», a expressão «cada ponto de Lisboa» poderia ser substituída pelo pronome oblíquo os de modo que a frase ficasse «embora ele os tenha detalhado»? Ou nesse caso a regra da concordância com o pronome indefinido cada é imperativa?

Agradeço desde já a atenção!

João Bap aposentado Belo Horizonte, Brasil 14K



Qual das seguintes frases está correta?

a) Aquele do qual enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.

b) Aquele de quem enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.

Pedro Lopes Estudante Lisboa, Portugal 7K

Reformulo, sucintamente, esta questão:

É aceitável dizer-se «Se Portugal tem sido mais cuidadoso, não estaríamos nesta situação» (que se ouve recorrentemente) em vez de «Se Portugal tivesse sido mais cuidadoso, não estaríamos nesta situação»?

Teresa Matos Desempregada Santarém, Portugal 28K

Qual é a forma correcta: «Se eu não te vir», ou «Se eu não te ver»?

Margarida Cabral Fernandes Professora do ensino secundário Cascais, Portugal 16K

Sobre o esclarecimento 24 344, na frase «Existem velhas parábolas chinesas sobre tudo, e as que não existem a gente inventa» sobre a qual é pedido um esclarecimento, consideram que as é um pronome demonstrativo porque pode ser substituído por aquelas. No entanto, também pode estar a substituir a palavra parábola, num mecanismo de coesão textual. Então, por que razão considerá-lo um pronome demonstrativo e não um pronome pessoal? Afinal, o, a, os, as são pronomes pessoais? São demonstrativos? Será que só é demonstrativo o pronome o quando antecede o relativo que («Sei o que pensas») ou antecede/segue um verbo («O João disse-o») e pode ser substituído por isso/aquilo?