DÚVIDAS

Sobre a grafia e a história de pé-de-moleque
1. Como fica, a partir das bases do novo Acordo Ortográfico (2009, em vigor para os países lusófonos, o status de palavra como pé-de-moleque até então uma palavra composta por justaposição. Vista agora como locução ou, ao que me parece, como uma unidade fraseológica, deve ser classificada como fraseologia e não composto? 2. Observei que a maioria das palavras com (pé-de-cabra, pé-de-moleque, pé-de-burro etc.) são datadas do final do século XIX (1889). O que estaria por trás dessa incidência de palavras nesse período? 3. Onde estaria a motivação para a criação lexical de pé-de-moleque? Na cor torrada do pé de moleque (garoto)? Na forma de pé que aparece nas formas de fazer este doce? Qual a motivação lexical para o surgimento da referida palavra? O que se pode especular à luz da etimologia?
Piauí, feiura, tritongos, agudas em i ou u
Segundo as novas regras provenientes do acordo ortográfico, tenho uma pequena dúvida: i) i e u, seguidos ou não de s, são acentuados quando encontrados em vocábulos oxítonos e não formam sílaba com outra consoante. Ex.: Piauí. ii) i e u, seguidos ou não de s, não são acentuados quando encontrados em vocábulos paroxítonos, precedidos de ditongo decrescente e não formam sílaba com outra consoante. Ex.: Feiura. Da regra ii, se considerarmos que o ditongo que se precede é crescente, teremos um hiato, e portanto recairá sobre outra regra. Gostaria de saber se existe o caso de haver i e u, seguido ou não de s, tônico, paroxítono, que não seja precedido nem de ditongo decrescente nem crescente, e se há, devo acentuar essa vogal tônica?
Oríon
Tive recentemente de traduzir a palavra Orion, que define uma constelação ou estrela do mesmo nome, mas tive dúvidas em como traduzi-la. No meu Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, vem Órion, mas vejo que aqui no Ciberdúvidas se defende que a palavra deve ser grave, ou seja, Oríon. Gostaria de saber se ambas as formas são aceitáveis, ou se, pelo contrário, apenas uma está correcta. Obrigado uma vez mais.
Novo Acordo: ditongos éi, ói
A recente discussão a respeito do acordo ortográfico fez-me crer que em Portugal não se usava o acento nos ditongos abertos éi e ói das paroxítonas. Pois qual não foi minha surpresa ao descobrir a grande quantidade de portugueses que acentuam as palavras paranóia e nóia, inclusive em respostas dadas aqui neste sítio! Ao menos em Portugal, estes acentos já não deveriam ter caído há muito tempo? E como ficam agora com o novo acordo, principalmente em relação às localidades denominadas Panóias? Aproveito para agradecer pela resposta à minha pergunta anterior (apreender vs. prender). 
A grafia de director-executivo (diretor-executivo, pós-AO)
Senhores peritos da língua portuguesa, Mais uma vez, as minhas felicitações pelo vosso (nosso) excepcional site, que tanto me tem ensinado e ajudado. A minha dúvida prende-se com a designação do cargo de director-executivo ser escrita com hífen ou não. Pela leitura de outros esclarecimentos feitos aqui, relativamente à palavra director, julgo poder inferir que são duas palavras justapostas. Porém, peço o vosso douto esclarecimento. Muito obrigado, desde já.
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