Como designamos o substantivo que nos permite usar a designação da marca em vez do próprio objecto, por exemplo:
«Aquele senhor tem um grande Mercedes!» (Não significa que tenha, de facto, um carro da marca Mercedes mas que tem um carro bom)
«Este Kispo é quentinho!» (Em vez de casaco impermeável)
«Preciso do Skip!» (Preciso de detergente para a roupa, não quer dizer que seja obrigatoriamente desta marca)
Por exemplo, em inglês, quando dizemos que precisamos de um Hoover, significa que queremos um aspirador.
Obrigada.
Se, em trabalhos académicos, ao fazer citações e referências bibliográficas, o hábito português e o Acordo Ortográfico (e não sei se a NP 405) requerem que se iniciem as palavras de sentido pleno do título de uma obra em maiúsculas (deixando em minúscula as não flexionadas — excepto se iniciam título ou subtítulo), o que fazer com o segundo membro de um nome comum composto unido por hífen? Fica em minúscula, por se entender que integra a palavra, dela é parte indissociável, como um "continuum" (isto é, tudo junto é que constitui a palavra significativa) — uma razão semântica?
Ou inicia também esta segunda em maiúscula, pois se mantém a consciência da composicionalidade e a imagem dum lexema que continua a ter (noutros contextos) vida autónoma — uma razão gráfica —, tal como o entendemos nos compostos (lexias complexas, segundo certos autores, algumas delas semelhantes a meras colocações...) não unidas por hífen (ou de estrutura mista), como «fogão a gás», «máquina de lavar roupa», «energia nuclear», «escova do limpa-pára-brisas»:
«A Decoração da Casa de Banho, da Sala de Jantar e do Salão Nobre do Palácio Real»?
Assim, será correcto «Uma Casa à Beira-mar no Século XIX», ou «à Beira-Mar»?
«O Caso do Tenente-coronel da 2.ª Companhia», ou «do Tenente-Coronel»?
«O Guarda-chuva Colorido», ou «O Guarda-Chuva Colorido»?
Tal como "As Pinturas do Salão de Chá"...
E quando um dos elementos é um radical que não tem uso autónomo, no português actual?
«As Auto-estradas no Período pós-Revolução», «auto-Estradas» — ou é como em «As Vias Rápidas»?
«Nem Tudo É Bio-degradável»?; «Incentivar o Micro-Crédito»?
«O Dia-a-Dia [dia-a-dia (?)] de um Luso-Descendente?», «dos Afro-americanos» — um maiúscula e outro não?
E, já agora, nos derivados, por exemplo, o que fazer com um prefixo?
«Notícia das Infra-estruturas no ex-Congo Belga», «das infra-Estruturas», ou «das Infra-Estruturas no Ex-Congo»?
«O Pós-Operatório em Oncologia»?
«A Tradição do Acordo Pré-nupcial na Cultura Ibérica», «pré-Nupcial», ou «Pré-Nupcial»?
Perante tanta variedade, talvez devamos já simplificar — só maiúscula na primeira —, conforme o novo Acordo Ortográfico...
Agradeço a vossa resposta, sublinhando que a dúvida é só relativa às regras da escrita de títulos (artigos, partituras, gravuras, filmes, livros), sem que confundamos com o que a tradição chama nomes próprios (sejam antropónimos, topónimos, orónimos...), pois estamos perante convenções gráficas (algo semelhante sobre prefixos e N.P. foi já respondido em http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2568 e http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2740).
Achamos que este novo acordo ortográfico é muito injusto para nós, além de nos desfavorecer e quebrar os nossos princípios linguísticos. Por exemplo, a hifenização em relação a algumas palavras "não soa bem": «mini-saia» vai ficar, do nosso ponto de vista muito esquisito, pois dobra-se o s. Além de estas palavras ficarem bastante grandes.
E não se resume apenas a isto, que vemos que está mal. Por exemplo, os meses do ano, escritos com minúscula, é uma falta de classe...
Não acham o mesmo?
Depois de consultar todas as vossas respostas relativas à pontuação nas listas de enumeração, continuo com uma dúvida, que não consegui ver respondida.
Se, em vez de ter uma lista de orações simples a seguir a dois-pontos (caso em que não tenho dúvidas em utilizar a minúscula inicial e o ponto-e-vírgula final), tiver várias frases completas, por vezes até mais do que uma frase em cada ponto da enumeração, parece-me que o mais correcto, esteticamente, será utilizar a maiúscula inicial; no entanto, continuo sem saber se deverei terminar cada uma dessas frases com ponto-e-vírgula ou com ponto final.
Grata pela atenção.
A palavra Quaresma surge de quadragesima, do latim. Gostaria de saber qual foi o processo que transformou quadragesima em Quaresma. E, na vossa opinião, um período de jejum de 50 dias, como se chamaria?
Gostaria que me informassem se existe algum livro de estilos geral da escrita portuguesa. Por exemplo, num título deve-se usar as iniciais das palavras em caixa alta?
Penso que deve haver alguma coisa, uma vez que está definido que um nome próprio tem de começar em caixa alta...
Gostaria que me informassem.
Obrigada pela disponibilidade.
Antes de mais, merecidos elogios para um site (lamento, mas a tradução sítio neste contexto é totalmente inusitada!) sem comparação no panorama linguístico português. Tem sido meu conselheiro muitas vezes.
Uma sugestão. A leitura do Glossário tem-me revelado, além da minha grande ignorância, diversas dúvidas (ou verdadeiras preocupações). Seria muito útil que cada expressão tivesse uma ligação para textos mais elaborados (algumas aliás nem têm explicação disponível no Ciberdúvidas...).
E, por fim, a minha dúvida. No glossário é utilizada a maiusculização de todas as letras de várias palavras. Embora conheça esta forma gráfica do francês, sempre pensei que não fosse correcta na língua lusa, onde apenas seria utilizada na primeira letra. O que ditam as regras?
Como se escreve baleia jubarte? Com maiúscula, ou minúscula? Com hífen, ou sem?
Obrigado.
Se "diabo" é nome próprio, por que é grafado com letra minúscula?
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