Tratando-se de uma unidade lexical inglesa e que é usada em Portugal, case-sensitive é, decerto, um caso de estrangeirismo. Mas não se encontra no Dicionário de Estrangeirismos, que, por sua vez, «fornece uma lista que se pretende completa de todos os empréstimos não adaptados ortograficamente (isto é, que não respeitam a grafia do português, ou a relação entre grafia e pronúncia) e que se encontram registados na base de dados MorDebe»; neste recurso, «para todas estas palavras é indicada a língua de origem, o domínio a que pertencem e a forma aportuguesada ou o seu equivalente em português, sempre que exista». Não fazendo parte do inventário do léxico de palavras «estrangeiras» desse dicionário, torna-se praticamente impossível propor-se qualquer tipo de tradução, «a forma aportuguesada ou o seu equivalente em português».
O único resultado obtido das pesquisas feitas foi-nos fornecido pela Wikipédia: «Case sensitive é um termo em computação que significa que um programa ou um compilador faz a diferença entre letras maiúsculas e minúsculas. O termo vem do inglês e significa sensível à capitalização. Esse conceito aplica-se geralmente a linguagem C e a sistemas Linux, por exemplo. Esse programa não faz a relação entre MAIÚSCULAS e minúsculas. Exemplo: Se digitamos: Wikipedia, esse programa não associa a wikipedia.»
Parece, portanto, tratar-se de um termo específico do domínio da informática para designar um caso particular de um determinado programa: o de distinguir/ser sensível às maiúsculas e às minúsculas, focalizando e restringindo a área de intervenção a esse código. Como esse termo — que deve ser da autoria dos criadores do programa — concentra tanta informação e, decerto, é esse o utilizado entre os especialistas na área, não terão ainda sentido necessidade da sua tradução.