Não se pode analisar a forma das maiúsculas ou minúsculas nos títulos sem considerar o caso dos nomes próprios.
Estabeleçamos em primeiro lugar que um nome próprio composto tem inicial maiúscula nos dois constituintes. A Norma actual e o novo acordo dão o exemplo: Peles-Vermelhas; Rebelo Gonçalves, os exemplos: Meio-Dia (territórios do M.), Direcção-Geral.
Como sabe, a norma actual obriga a que sejam escritos com maiúscula, nos títulos: substantivos, adjectivos, verbos, pronomes que se flexionam, artigo indefinido. Há poucos casos em que possa haver hesitações. Presentemente, quer se trate de nome comum ou próprio, a palavra composta de elementos acima indicados escreve-se sempre com maiúsculas (ex.: «Uma Casa à Beira-Mar», «O Guarda-Chuva Colorido»). Da mesma forma Auto-Estradas, Pós-Revolução, Infra-Estruturas, Pós-Operatório, porque são até unidades semânticas (mas já escreveria: ex-Congo Belga, porque Congo Belga é que era o nome próprio).
No novo acordo, como disse, só a primeira palavra do título e os nomes próprios se escrevem com maiúscula. É preciso então ter cuidado nas unidades sintácticas. Se forem nomes próprios, no meu entender, devem obedecer à regra actual (ex.: embora passe a escrever «O guarda-chuva colorido», escreveria no novo acordo: «Os membros da Direcção-Geral)».
Termos do novo acordo para Portugal: atual, adjetivos, sintáticas, Direção, Autoestradas, Infraestruturas.