Em documentos relacionados com ecologia fluvial é frequente encontrar-se alternância entre o termo ripário e ripícola para referir organismos que se encontram associados à zona adjacente a linhas de água. Por exemplo: «galeria ripária» e «galeria ripícola». Algum dos termos está errado, ou é menos correto neste contexto?
Desde criança que ouvi uma expressão relativa ao enchimento em demasia ou no limite de uma colher, por exemplo – juntar uma «colher de cagulo». "Googlando" o termo "cagulo" obtêm-se alguns resultados que referem a existência desta terminologia. Contudo, no dicionário online da Porto Editora – Infopédia –, só existe o termo cogulo com o significado que acima refiro. A utilização do termo "cagulo" é ou não correcta?
Obrigado.
A propósito do lançamento do último disco do grupo musical Ala dos Namorados, intitulado Vintage, tanto os seus participantes, nas entrevistas que concederam, por exemplo à Antena 1, como a própria promoção do CD nesta emissora de rádio, dizem sempre a palavra em inglês: /vinteidje/. Independentemente de duvidar que essa seja mesmo a pronúncia inglesa*, parece-me que, sendo a palavra de facto um anglicismo, ela já entrou, e há muito, na língua portuguesa – e devidamente dicionarizada com o significado genérico de «boa colheita» –, pelo que deve ser pronunciada como tal. Ou seja, /vĩntɐdʒe/. Estou certo?
* Em inglês, não será, antes, com acentuação na primeira sílaba?
Na comunidade médica é comum ouvir/ler-se o termo "esvazionamento" (no contexto, por exemplo, da exérese[*] de todo um grupo de gânglios linfáticos: «esvazionamento axilar»). Julgo que esteja incorrecto e apenas exista no léxico português o termo "esvaziamento". Correcto?
[*] Exérese: «remoção por cirurgia» (Dicionário Houaiss).
É lícito criar o topónimo "Burgo de São Pedro" para denominar a cidade russa "Sankt-Peterburg" ?
P.S.: Reconheço haver a forma "São Petersburg".
"Hiroshima", ou "Hiroxima"? "Bangladesh", "Bangladeche" ou "Bangladexe"? Seria facultativo, nos casos em que a adaptação ao idioma é pouco usada, podendo dar preferência a forma consagrada ?
Ouvindo na rádio uma reação ao falecimento da professora Maria Helena Rocha Pereira – por sinal, um dos seus ex-alunos na Universidade de Coimbra –, estranhei que se lhe tenha referido como «a Mestre». Mestre não faz o feminino mestra? Será que estamos aqui também em presença do mesmo tipo de resistência ao feminino poetisa e juíza, por exemplo?
Os meus agradecimentos pelo esclarecimento.
"Vídeo-árbitro", "vídeoárbitro", ou "vídeo árbitro"?
Assim como temos herbal, herbáceo, herbolário, herbi-, herbicida, é correcto utilizar "herba" em vez de erva?
"Borrada" (de borra) e "burrada" (de burro) podem considerar-se sinónimos, no sentido de «asneira, tolice»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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