Quando é que devemos usar «ao contrário» e «pelo contrário»?
E qual é o valor das preposições a e por nas expressões?
Muito obrigada!
Revisando o marketing da minha empresa, me deparei com o seguinte trecho:
«O hiperespaço criado por Star Wars é uma dimensão alternativa que só pode ser alcançada viajando na velocidade da luz.»
Eu corrigi para «... é uma dimensão que só pode ser alcançada viajando-se à velocidade da luz», mas fiquei com um peso na consciência, como se eu houvesse cometido um erro.
Apresento outras circunstâncias que também me deixaram com dúvida:
2 – «O sucessor de um número natural é obtido somando (ou somando-se?) uma unidade a ele. Supondo (Supondo-se) que esse número natural é x, a soma entre seus 10 sucessores é:»
3 – «Representando (ou Representando-se) a situação na forma de diagrama, retira-se a interseção de cada conjunto e conclui-se que há 30 pessoas gostando apenas de pizza doce.»
4 – «Testando (ou Testando-se?) qualquer número inteiro no lugar de n, por exemplo 1, conclui-se que A é o conjunto dos números pares e B dos ímpares.»
5 – «Sabendo (ou Sabendo-se) as dimensões do cercado, basta obter o perímetro (2p) do retângulo de dimensões 20×25.»
Devo dizer que coloquei a partícula se em todas. Cometi algum erro?
Desde já agradeço.
Como explicar que com o nome dor se utiliza a preposição de, na maioria dos casos («dor de costas», «dor de dentes»), mas nalguns casos se utiliza com a preposição em («dor nos joelhos», «dor nas costas»)?
A nomenclatura relacionada com a área específica da gramática tem vindo a alterar-se profundamente, desde o pronome oblíquo ao sujeito nulo; desde a expansão dos grupos verbais e nominais ao desaparecimento do condicional como modo, substituído agora pelo futuro perfeito ou futuro do pretérito.
Fico inquieta com tanta alteração que remove a lógica em que assentou toda a minha aprendizagem.
Mais do que uma pergunta, trata-se de um desabafo.
Obrigada.
Qual das seguintes frases está correta?
«Eu próprio/mesmo lhe disse a verdade», ou «Eu próprio/mesmo disse-lhe a verdade»?
Por outro lado, sabem dizer-me onde posso consultar uma lista com todas as palavram que provocam próclise?
Muito obrigado pela vossa atenção.
Estas duas frases são aceitáveis?
«Ontem, enquanto eu fiz o jantar, ele fez as sobremesas.»
«Ontem, enquanto eu fazia o jantar, ele fazia as sobremesas.»
Normalmente, enquanto está associado ao pretérito imperfeito quando se ensina português a estrangeiros, surgindo essa regra frequentemente em livros, para quando se trata de ações simultâneas no passado.
No entanto, a frase com o pretérito perfeito simples também me parece aceitável.
Muito obrigada pelo vosso trabalho.
Será possível que tem gente que não sabe o significado da palavra de pior, por aqui, no Brasil para cometer essa verdadeira e imensa atrocidade («menos pior»...)?
Muitíssimo obrigado!
Lendo alguns fóruns na Internet, deparei-me com o seguinte modelo de frase: «Jorge gosta de frutas porque faz bem.» Nota-se que há a conjunção porque, não sendo precedida de vírgula.
O fórum cita o porque explicativo e causal, citando suas diferenças, sendo uma delas a de que o porque causal não pode ser precedido de vírgula e estabelece uma causa entre as duas orações; neste caso, a causa de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de estas fazerem bem, o que explica a ausência de vírgula. No entanto, tal análise torna-se, de certa forma, muito subjetiva, gerando uma dúvida no leitor. Da mesma forma que o porque da frase pode ser entendido como causal, também pode ser entendido como explicativo; a explicação do motivo de Jorge gostar de frutas deve-se ao fato de elas fazerem bem.
Li por vários outros fóruns e sites atrás de métodos para diferenciá-los, mas não obtive sucesso.
Afinal, há algum método de diferenciá-los com exatidão ou podemos nos esbarrar nesse mesmo problema de ambiguidade na análise?
Grato.
Qual a expressão correta: «Praticamente metade da superfície agrícola em Portugal são pastagens» ou «praticamente metade da superfície agrícola em Portugal é pastagens»?
Obrigada.
Aliás, também e sobretudo são classificados como advérbios de quê?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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