Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Gramática
Belarmino Nunes de Almeida Professor Carregal do Sal, Portugal 1K

Na frase «Elas compraram um terço perto da catedral», qual a classe de um: determinante ou quantificador?

Penso que o verbo comprar implica uma quantidade, logo na minha opinião será um quantificador cardinal. Contudo, deparei-me com um colega que afirma que é um determinante.

Gostaria de tirar esta dúvida.

Maria Oliveira Técnica de Reinserção Social Sintra, Portugal 995

Em conversa, há dias, com um habitante da Beira Baixa, este usou uma expressão que eu já não ouvia desde a minha infância, «nada não», utilizada em resposta negativa a uma pergunta que lhe foi formulada.

Ex: P – Tem algum filho a viver aqui na aldeia?

      E – Nada não, estão todos na Alemanha.

Gostaria de saber a origem dessa expressão, tão usada antigamente, pelo menos na zona da Covilhã.

Grata.

Maria Marques Professora 3.º ciclo e Secundário Évora , Portugal 2K

Embora já tenha lido as respostas dadas às questões colocadas sobre as palavras mês, semana, dia, e hora serem ou não nomes coletivos, continuo a ter dúvidas.

Não entendo a razão para se olhar para a definição das mesmas como partes de um todo e não como conjuntos. Além disso, não me parece correto que um conjunto com um número definido de elementos idênticos, como "semana", não seja considerado um nome coletivo.

Agradeço a atenção dada a esta mensagem e todos os esclarecimentos prestados pelo Ciberdúvidas de que tenho beneficiado ao longo de anos.

Paulo Andrade Cuidador Lisboa, Portugal 7K

Tem-me acontecido enviar um e-mail e em resposta fico na dúvida se se diz «podem ler no e-mail em baixo...» ou «podem ler no e-mail abaixo».

O que é correto?

Obrigado.

Julian Alves Estudante Roma, Itália 1K

Tanto em italiano quanto em espanhol há verbos cujo sujeito vem após o verbo, por exemplo:

1. «Mi piace il cioccolato.»/«Mi piacciono i cioccolati.»

2. «Me gusta el chocolate.»/«Me gustan los chocolates.»

Só que estes verbos piacere e gustar, quando têm como sujeitos verbos no modo infinitivo não mudam.

1.1. «Mi piace cantare e ballare.»

2.1. «Me gusta cantar y bailar.».

I. Eu gostaria de saber esta regra se funciona com o verbo português agradar, ou seja, se o verbo muda ou não, quando o sujeito é composto por verbos no modo infinito, como:

3.1. «Agrada-me dançar e cantar.»

3.2. «Agradam-me dançar e cantar.»

II. E se «agrada-me dançar e cantar» é o correto, por que o verbo fica no singular já que o sujeito é composto: «dançar e cantar»?

Desde já, muito obrigado.

Maria Novais Estudante Portugal 1K

Na frase «partiu-se um copo», o segmento «um copo» é um complemento direto ou sujeito?

A minha dúvida reside na possibilidade de a frase estar invertida (=«um copo partiu-se»), contudo penso que, na frase dada para análise sintática, «um copo» parece-me o complemento direto da frase, visto que os copos não se partem sozinhos, ou seja, alguém (ou uma entidade) tem de os partir.

Desta forma, posso considerar que a frase apresenta um sujeito nulo indeterminado do predicado «partiu-se um copo» («partiu-se» = «partiram/alguém partiu») e que «um copo» é complemento direto?

Muito obrigada.

Jorge Gonçalves Estudante Brasil 1K

Por obséquio, esclareça-me estas questões:

1. Na oração «Este cartão de crédito é importante para você», qual a função sintática da palavra importante e da expressão «para você»?

2. Nessa oração, o verbo ser poderia ser tratado como um «verbo transitivo direto e indireto» (pois quem é, é algo para alguém), de modo que a palavra importante seria objeto direto e a expressão «para você» seria objeto indireto?

Obrigado.

Vanessa Leal Professora. Lisboa, Portugal 2K

Tenho uma dúvida em relação à estrutura desta frase : «Pode ir lendo...»

Sei que estamos a usar o presente + infinitivo + gerúndio.

A minha pergunta é se esta estrutura tem um nome gramatical ou alguma explicação gramatical em particular?

Muito obrigada.

Patrícia Moreira Vendedora Faro, Portugal 4K

Tenho uma pergunta quanto ao uso do verbo dever no pretérito perfeito simples. Ele é muito usado?

Pergunto porque numa roda de conversa um amigo disse: «Os donos da casa saíram e todos deveram sair também.»

Pela lógica, a frase é gramaticalmente correta, mas confesso que soou estranho ouvi-la.

Se tivesse ouvido o «ter de» em vez de dever, não teria soado estranho:

«Os donos da casa saíram e todos tiveram de sair também.»

Talvez seja porque quase não ouço a construção do verbo dever no pretérito perfeito simples.

Por isso, pergunto se é muito usado ou não.

Agradeço desde já a atenção dispensada.

Célia Matos Administrativa Porto, Portugal 1K

«Os residentes abandonaram o prédio e fugiram, sem saberem se teriam casa no rescaldo.»

Nesta frase é correto empregar-se o infinitivo flexionado (sem saberem)? «Sem saber» não será mais correto, já que o sujeito das duas orações é o mesmo? A frase foi retirada da Revista E do semanário Expresso desta semana (7 de outubro).