Como se lê a palavra Baguim, isto é, em quantas sílabas se divide essa palavra: "ba-guim" ou "ba-gu-im"?
Queria também saber se leva ou não acento gráfico.
Obrigado.
Clítico (segundo o dicionário Priberam):
«Diz-se de ou palavra que forma uma unidade fonética com a palavra a que está ligada.»
Podiam dar-me exemplos de clíticos que não fossem pronomes?
Já nos explicaram a etimologia da palavra noite, mas conseguem explicar o fenómeno recorrente de, em línguas diferentes, a palavra noite ser mais ou menos n + oito?
Mesmo que todas venham do latim, há alguma razão para esta relação entre noite e oito ou só coincidência?
Gostaria de saber o que significa pregão na canção "Lisboa,menina e moça"? Isto porque pregão pode-se referir às figuras típicas que percorriam as ruas dos bairros lisboetas, para reparar tachos e panelas, mas também pode fazer referência aos pregões que as varinas proferiam.
Agradeço desde já a vossa disponibilidade em ajudar.
A respeito da origem da nasalidade em mui/muito, José Joaquim Nunes, no seu Compêndio de Gramática Histórica (1975[1911]), afirma o seguinte:
«embora MUI e MUITO sejam formas clássicas, nas cantigas 38 e 453 do Cancioneiro da Ajuda [séc.XIII], aparecem já nasaladas, como mostram as grafias MUYN e MUINTO donde se conclui não se moderna na língua a nasalização(...).»
Já o gramático Said Ali, na sua Gramática Histórica da Língua Portuguesa (1964[1931]), pensa diferente:
«No extraordinariamente usado MUITO , foi tão tardia a mudança, que o cantor d'Os Lusíadas [séc. XVI] ainda podia dar-lhe para rima FRUITO e ENXUITO. Não se sabe a data da alteração definitiva, porque em MUITO e MUI nunca se assinalou – caso único – a vogal nasal pela escrita. Que em português antigo se pronunciava a tônica como U puro e fora de dúvida, porque, em caso contrário, não lhe faltaria o til, sinal tão profusamente usado naquela época.»
1) O Cancioneiro da Ajuda é do séc.XIII, e Os Lusíadas do séc. XVI, qual dos estudiosos está certo ?
2) Há atualmente consenso entre os estudiosos a respeito de um período específico sobre o começo da nasalidade em mui e muito?
Grato pela resposta.
Em 1945 o gentílico «torreense» desapareceu. Uma palavra que está registada na história de Torres Vedras. Mas nos escritos nacionais atuais não existe e é considerado um erro. Porquê não voltar a colocá-la no dicionário?
Este “erro” nos dias de hoje ainda existe. Dá nome ao clube de futebol da cidade, dá nome a várias empresas desta terra e relembra as bandas, a filarmónica, os refrigerantes e tantas outras empresas que atualmente já não existem. Reforço, porquê não voltar a colocar esta palavra com história no dicionário? De acordo com o ponto C da alínea 2 da base V do Acordo Ortográfico de 1990, estabelecia desta forma as grafias: “goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]”.
É curioso que sineense, (também uma palavra com história local), atualmente existe no dicionário e também é considerada nos escritos nacionais atuais um dos gentílicos de Sines. Torreense, uma palavra com história e memória local, é atualmente uma palavra sem significado e inexistente nos escritos nacionais atuais.
Aguardo uma resposta. Obrigado.
Uma amiga minha da zona de Aveiro falou-me da existência do termo "ressolho" ou "rossolho" aplicado no sentido de «estar-se mal vestido, mal arranjado».
Contudo, apenas conheço os vocábulos ressolho, com sentido de «redemoinho produzido nos pegos dos rios, quando há cheia», e de ressolhar, no sentido de «sentir-se (o cavalo) incomodado com os efeitos do sol forte».
Como se explica, então, o uso oral do termo que apresentei no início?
Muito obrigada!
Qual a grafia correcta da aldeia de Assafora ou Açafora, no concelho de Sintra? E porquê?
Consultei o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, e os índices de Topónimos e Gentílicos, de Xavier Fernandes, onde não consta.
Obrigado.
O consulente adota a ortografia de 1945.
A propósito do misterioso objecto que tem, nos últimos dias, aparecido e desaparecido nos EUA reparei na grafia monólito, que me era até aqui desconhecida, uma vez que sempre disse/escrevi "monolito" — sem a tónica na segunda sílaba e sem acento agudo.
Pergunto se esta norma será recente já que trabalhos académicos que encontrei, em português europeu, usam da grafia "monolito". E, pela mesma lógica, escrevemos "monografia" e não "monógrafia" ou, se quisermos, "monocelha" e não "monócelha". "Megafone", e não "megáfone", etc etc.
Uma pedra/pedra única, mono + lito, "monolito".
O que me está a escapar?
O consulente adota a ortografia de 1945.
Por que razão catarse se pronuncia "catarZe" e não "catarSe"?
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