O verbo desencaroçar é usual no Brasil. Tenho-o encontrado também em alguns sítios portugueses da Web, o que me faz supor que ele tenha algum uso aí entre vós, os portugueses. Tanto no Brasil como em Portugal, há utensílios denominados desencaroçador, palavra que certamente formou-se pelo verbo desencaroçar + o sufixo -dor, como ocorre com outros casos similares. Exs.: abrir + -dor: abridor; moer + -dor: moedor; coar + -dor: coador. Sempre é um verbo no infinitivo mais o sufixo mencionado.
Portanto, a existência do substantivo desencaroçador faz supor a existência do verbo desencaroçar. Ocorre, todavia, que não o encontro consignado em dicionários brasileiros de nomeada (salvo o Houaiss, que não consultei), e nem no da Porto Editora em linha.
Assim sendo, pergunto-vos se o referido verbo, que, aliás, me parece bem formado, já pode mesmo ser usado, se já foi abonado por algum dicionário respeitável, ou se há outro verbo equivalente.
Muito obrigado sempre.
Ouvi hoje uma palavra horrível que não ouvia há imenso tempo: lambisgoia.
Por curiosidade, fui perceber de onde vinha tal palavra, e o dicionário sugere origem em lambiscar, que significa depenicar ou comer pouco.
É possível explicar a evolução da palavra e qual é a sua origem?
Melhores cumprimentos à equipa do Ciberdúvidas.
Quero saber a etimologia da palavra narrar.
A grafia da palavra milhão é a mesma em Portugal e no Brasil.
Porém, a partir daí, em Portugal ocorre uma alteração no sufixo, trocando-se o "h" por "i", ou seja, escreve-se "bilião", "trilião" etc., enquanto no Brasil permanece o mesmo "h" do milhão: "bilhão", "trilhão" etc. (o que me parece mais coerente).
Por que ocorre essa mudança em Portugal?
Existem na área médico-dentária (as minhas dúvidas começam aqui mesmo...) inúmeras palavras cujo uso se foi generalizando mas cuja grafia suscita dúvidas à grande maioria dos profissionais com quem tenho falado. Assim, para cada um dos exemplos abaixo indicados*, gostaria de saber qual a opção mais correcta: unir as duas palavras que estão na sua origem (ex.: "medicodentária"), uni-las utilizando um hífen (ex.: "médico-dentária") ou mantê-las separadas (ex.: "médico dentária").
* "médico-dentária", (diagnóstico) "pré-ortodôntico", (considerações) "muco-gengivais", "pró/retro-inclinação" (incisiva), "sobre-erupção" (dentária), (reabsorção) "intra-óssea", (ortopedia) "dento-facial", (formação de) "pseudo-bolsas", (placa bacteriana) "sub/supra-gengival", (relação) "inter-arcadas", (radiografia) "peri-apical", ("brackets") "auto-ligáveis", (goteira) "termo-formada", (segmento) "incisivo-canino".
Desde já, muito obrigada!
Qual a origem, e como evolui o pronome comigo?
Obrigado.
Tinha gosto que me esclarecessem o seguinte: qual é o vocábulo usado para definir a adivinhação através de uma bola de cristal? Tenho reparado que normalmente as palavras deste tipo terminam em “mancia”, vocábulo de origem grega que significa, segundo creio, «adivinhação». Ora, se bola, em grego, se diz σφαιρα, e cristal se diz χρύσταλλος, como se poderá, a partir destes dois vocábulos, construir um termo que defina a adivinhação através de uma bola de cristal? É que não o vejo dicionarizado.
Muito obrigado. E parabéns pelo vosso magnífico site!
No meio acadêmico, há uma parcela de pessoas que pronunciam o nome da subfamília de leguminosas "Mimosoideae" como /mimozóidee/ e outra que pronuncia /mimosoídee/. O Dicionário Houaiss diz que em português a forma "mimosoídea" estaria mais correta que "mimosoidea" (/ói/), entretanto o sufixo -oidea, -oideo /ói/ é a forma mais usual.
Como tem um monte de palavras latinas que uso em minhas aulas, eu gostaria de saber qual das duas pronúncias seria a mais correta: /-óidea, -óideo/, ou /-oídea, -oídeo/?
Qual a origem da palavra cuidado?
Como se escreve correctamente:
"auto-cuidado"
"autocuidado"
"auto cuidado"
Os cinco primeiros livros da Bíblia são também conhecidos pelo nome Tora. Aqui está a dúvida: é "Tora", ou "Torá"? Qual é o gênero? «O Tora (á)», ou «a Tora (á)»?
Sou-vos sempre muito grato!
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