Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Etimologia
José Lucas Aposentado Londrina, Brasil 8K

Qual é a etimologia da palavra Faria?

Winicius Silva Estudante Condeixa-a-Nova, Portugal 18K

Porque o fruto da oliveira é a azeitona, e não "olivona" ou o contrário?

Alberto Mininho Professor Zamora, Espanha 8K

Desejo saber qual é a origem do -c- das formas perco, perca, percas... (do verbo irregular perder) partindo da forma latina, que tinha -d-: perdo, perdis, perdere, etc.

Obrigado.

José Pinheiro Aposentado Belo Horizonte, Brasil 25K

Qual é a tradução da palavra hebraica ruah e da grega pneúma?

Obrigado.

Bruna Coutinho Estudante Ermesinde, Portugal 7K

Eu gostaria de saber se as palavras abater, debater e combater têm alguma coisa em comum, ou seja, como foi formada cada palavra, ou se têm simplesmente um prefixo diferente.

José Santos Engenheiro Vila Nova de Gaia, Portugal 15K

Na língua portuguesa, a palavra papagaio apareceu primeiro a designar a ave, ou o brinquedo de papel que voa?

Carlos Vaz Professor Viana do Castelo, Portugal 12K

Como já não passo sem o Ciberdúvidas, aqui vai mais uma pergunta: qual a forma mais correta em português? Cartoonista (à inglesa), cartonista (à francesa), ou cartunista (à brasileira)? É que eu encontro todas estas formas nos jornais, e o dicionário de língua portuguesa também as contempla a todas! Obrigado.

David Sousa Investigador Lisboa, Portugal 9K

Não será em rigor uma pergunta pois, a sê-lo, de antemão se considera que se encontra suficientemente respondida por anteriores contributos de Edite Prada neste sítio. No entanto, ainda que carecendo de qualquer estudo e numa base puramente dedutiva, especulativa, ou mesmo intuitiva, se retoma aqui a hipótese, já aventada, de que nas expressões «ter a ver com» e «ter que ver com», o «ver» surja por corruptela de haver.

É que, ainda que algum dicionário possa atribuir ao verbo ver o significado mais metafórico de «ver com os olhos do espírito» – como foi referido – e portanto se possa sempre admitir significados menos "directos", a expressão actual continua a soar, pelo menos a mim, muito pouco natural.

De facto, aquilo que me parece mais plausível é que, numa origem remota – e remota terá aqui, como vimos, de reportar-se a período pré-vicentino –, a expressão que estaria na base da que hoje se encontra a uso e (como demonstrado no levantamento de Edite Prada), completamente fixada, seria «ter a haver», no sentido de «ter a receber dinheiro devido, ser parte interessada em função dessa dívida por saldar». Reforça esta hipótese, creio, o facto de a expressão surgir amiúde na negativa: por exemplo, «você não tem nada a ver com isto». Por esta via, parece-me plausível supor que, na origem, esta expressão tenha nascido desta ideia de que alguém, não tendo a haver, não é parte interessada e, portanto, não tem, digamos assim, de intrometer-se. O que é válido na positiva: quem tem a haver, tem um legítimo interesse no negócio, uma razão para se meter no assunto; que haja algo a haver, vincula duas partes juridicamente, ou seja, coloca-as em relação. Donde, deduzo igualmente que a expressão se tenha aplicado originalmente apenas a pessoas, e só mais tarde possa ter servido para dizer que os alhos não têm a ver com os bugalhos.

Note-se, em abono desta tese, que o próprio complemento «com» poderá, aliás, teria mesmo de ter já sido introduzido no processo de modificação da expressão. Isto por ela, então (aventa-se) como hoje, nem sempre surge completa, isto é, com o complemento – diz-se muito, por exemplo, «isso não tem nada a ver». E, portanto, parece-me mais lógico, tanto quanto a lógica possa presidir à linguagem, que tenham sido expressões como «não se meta, que não tem nada a haver», a abrir caminho às sucessivas modificações que nos trazem ao «ter a ver com».

Resumindo, defendo aqui a hipótese – a que o nível de linguagem em causa, coloquial e, portanto, mais plástico, pode tornar mais plausível – de que a expressão tenha sido sucessivamente modificada, desta forma: «ter a haver de» – «ter a haver» – «ter a ver» – «ter a ver com». Ou ter começado simplesmente como «ter a haver», sendo que o «com» de hoje vem, justamente, confirmar o elemento relacional que, na passagem de «haver» para «ver», se torna pouco natural e menos evidente (ainda que admitindo os tais outros possíveis sentido de ver).

Fica o exercício, a título de curiosidade e, suponho, nada mais que isso, já que para o conhecimento do português coloquial de há 600 ou 700 anos, infelizmente, não há bases de dados que nos valham.

Carla Paranhos Bancária Brasília, Brasil 12K

Qual a origem da palavra tesouro?

Diogo Sousa Estudante Funchal, Portugal 7K

Qual a origem do nome Orvidia? Sendo que já o vi grafado com e sem acento no primeiro i, qual a sua grafia correcta?