Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 3K

Pelo o que se lê no Aulete Digital, depreende-se que croça (ou crossa, em outra grafia) é palavra que designa o báculo (bastão episcopal) como um todo, isto é, desde a extremidade superior recurvada até a inferior reta. Além disto, em outra acepção e por metonímia, é o nome apenas da parte recurva superior, a qual forma uma espécie de gancho ou espiral.

Pois bem, quando vejo em livros e enciclopédias a referida palavra, parece ser nesse último sentido, pois não raro aparecem junto ilustrações, geralmente fotográficas, mostrando essa parte superior do báculo rica e artisticamente trabalhada, com imagens de santos e símbolos cristãos entalhados no meio da madeira que a forma, ou até mesmo toda ela feita de ouro ou prata, neste caso também com adornos ricos, incluindo pedras preciosas. Daí surgiu-me a dúvida se croça (ou crossa), nesse último significado mencionado no parágrafo anterior, denomina a parte superior do bastão episcopal, somente quando é ricamente confeccionada, ou também quando é simples, tendo somente a voluta, sem enfeite nenhum, como sói acontecer com a maioria dos báculos episcopais, ao menos com os que tenho visto aqui no Brasil.

Quanto a grafia da referida palavra, a tendência dos hodiernos dicionários brasileiros da língua portuguesa parece ser a preferência pela forma crossa, por amor à etimologia imediata, o francês crosse, o qual vem do frâncico, ou germânico, krukkya.

Parece ser coisa certa que crosse é a origem mais próxima da nossa croça, uma vez que aquela palavra francesa tem justamente o mesmo significado: báculo episcopal. Além de tudo, croza, da língua espanhola, graficamente parecida com croça, tem também o mesmo sentido, provindo igualmente de crosse, segundo o Diccionario de la Lengua Espanhola, em linha, da Real Academia Espanhola. Sendo assim, seria melhor mesmo escrever crossa, abandonando de vez a grafia pseudoetimológica croça, desde há muito a mais usada na nossa língua.

Por favor, a luz refulgente do Ciberdúvidas, tanto sobre a questão semântica quanto a respeito da ortográfica.

Aline Gamero Osti Estudante de Direito Arapongas, Brasil 5K

Sou estudante do curso de Direito e, em uma prova da matéria Linguagem Forense, a professora deu uma questão, com uma frase ambígua, perguntando qual o motivo da ambiguidade e solicitando a correção.

Quero saber se consigo desfazer a ambigüidade da frase corrigindo a pontuação: «Proibido o uso de colete salva vidas no pedalinho sem camisa» colocando a expressão «no pedalinho» entre vírgulas.

Manuel dos Santos Professor Guimarães, Portugal 7K

Para designar quem tem habilitações, ou está encarregado de executar medições, poder-se-á usar indistintamente metrologista e metrólogo? Alguma destas designações é errada, imprópria, ou deve ser evitada?

Zilda Mara Peixoto Blogueira Rio de Janeiro, Brasil 3K

Quais são as duas interpretações possíveis para a seguinte frase: «Pode escrever: Caderno é Tilibra.»?

E quais as duas conjunções que podem ser colocadas no lugar dos dois-pontos (:)?

Remedios Carretero Estudante Fregenal de la Sierra, Espanha 10K

Estou a estudar português, e achava que embora com o verbo ir significava «fora dum lugar», mas numa frase li «vir embora». Que significado tem embora nestes verbos?

Elsa Afonso Redatora Porto, Portugal 35K

Gostaria de tirar a seguinte dúvida:

Como devemos escrever o verbo encontrar neste caso: «Não encontrámos as bolachas», ou «Não encontramos as bolachas», sendo que queremos dar o sentido de que estamos à procura, mas não estamos a conseguir encontrar?

A acção é considerada passada ou presente conforme a intenção de continuar a procurar, ou não?

Carla Gomes Bolseira de investigação Lisboa, Portugal 5K

É correcto juntar as palavras muito e mais a um advérbio de modo como raramente? Ou seja, será correcto usar uma expressão como «muito mais raramente»?

Anderson Técnico Campos, Brasil 6K

É correto falar a frase: «isto é um erro clássico»?

Ou só podemos falar: «isto é um erro crasso»?

Mário Santos Técnico Lisboa, Portugal 7K

Tesouro pode ser nome colectivo?

Maria O. Afonso Professora Lisboa, Portugal 17K

Numa instituição, ouvi há dias um termo de que desconheço o sentido: estacionário.

Qual a sua origem? Qual a razão da ideia de algo que está parado, imóvel? Em que situações é utilizado?

Através de pesquisa nas respostas publicadas, verifiquei que há uma resposta sobre essa palavra, mas continuo com dúvidas.