Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Caio Britto Brasil 7K

Sobre as explicações de D’ Silvas Filho quanto ao uso da (/) barra na língua portuguesa, ficou-me uma dúvida acerca da interpretação de uma frase. Diz o seguinte:

«As pontuações previstas nas alíneas "a.1"/ "a.2" e "b" não poderão ser contadas de forma cumulativa.
»

Pergunto ao senhor: Qual o entendimento da frase? O que eu não posso cumular? Apenas "a.1" com "b" e "a.2" com "b" ou também não posso cumular "a.1" com "a.2"?

Na minha interpretação, o uso da (/) barra entre "a.1" e "a.2" permite que elas sejam cumuladas.

É isso mesmo? Estou correto na minha interpretação?

Paulo Victor Estudante São Paulo, Brasil 17K

Pelo mesmo motivo por que se diz «é hora de a onça beber água», poderia eu dizer «faz-se referência a a auditoria ter sido conduzida corretamente»?

Não sei exatamente o porquê, mas imagino que a resposta à minha indagação seja negativa. No entanto, soa-me no mínimo estranho dizer «faz-se referência à auditoria ter sido conduzida corretamente». Parece-me que, assim como na primeira frase não se junta de com a (por o verbo estar no infinitivo – aliás, olha aqui a mesma dúvida: «por o» ou pelo?), também na segunda não se deveria juntar a preposição a com o artigo a.

alberto smera aposentado PIRAI-RJ, BRASIL 5K

Qual a frase correta?

«Sem sinais e sintomas cardíacos.»

«Sem sinais ou sintomas cardíacos.»

«Sem sinais e/ou sintomas cardíacos.»

João Bap aposentado Belo Horizonte, Brasil 15K



Qual das seguintes frases está correta?

a) Aquele do qual enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.

b) Aquele de quem enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.

Alberto Manuel Sebastião Belo Educando em Língua e Literatura Portuguesa Luanda, Angola 20K

«Sentar na mesa», ou «sentar à mesa»? Se for «à mesa», porquê?

António Alfaia Estudante Lisboa, Portugal 7K

Tenho uma dúvida acerca da correcção do exame nacional de português do 12.º ano. Enderecei a dúvida ao GAVE, que me disse que "da questão colocada não decorre necessidade de esclarecimento", algo que é em si mesmo ridículo. Para mais, a dúvida parece-me legítima. Confiante de que a equipa do Ciberdúvidas, que muito prezo, me poderá esclarecer sobre a questão, decidi enviar-vos este e-mail.

A dúvida é a que se segue.

Como é que a resposta correcta à pergunta 1.1 das perguntas de escolha múltipla da versão 2 pode não ser a A? Afinal, ainda que no texto seja feita referência a uma defesa da Peregrinação, essa coincide na repreensão de que o autor é alvo por relatar acontecimentos falsos. Não coincidirá noutra repreensão que outras leituras críticas façam da obra, mas por certo coincide na repreensão de que o autor é alvo por relatar acontecimentos falsos, já que é escrita em defesa do autor, motivada por se afirmar em leituras críticas que Fernão Mendes Pinto relata acontecimentos falsos. Coincide, assim, nessa repreensão, que, sublinhe-se, não é uma repreensão qualquer: é a repreensão de que o autor é alvo por relatar acontecimentos falsos. Não a subscreve? Não.
Mas aborda-a. Incide nela. "Co-incidem" – as leituras da obra – nessa repreensão.

Manuela Ventura Encarregada de educação Lisboa, Portugal 9K

Na qualidade de encarregada de educação, venho colocar uma dúvida, embora acabe de ter conhecimento que o Ciberdúvidas se encontra interrompido; no excerto que se segue, como se classifica a oração sublinhada («Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados...»)?

«Os próprios pais de Amância o acharam; mas sem se atreverem a tentar qualquer pressão sobre o espírito da filha. Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados na filha de um modesto amanuense, declarando não corresponder Domingos ao seu "ideal".»

José Régio, «Os Namorados de Amância», in Contos (excerto)
Mário Pereira Técnico de segurança Leiria, Portugal 7K

Uma expressão muito comum no Brasil, «ontem cheguei cedo em casa», que em Portugal se dirá «cheguei cedo a casa», pode considerar-se correcta?

Mário Pereira Técnico de segurança Leiria, Portugal 6K

Poderia citar outros exemplos de diferenças no português de ambas as nações, mas fico-me apenas por um, que me parece claramente um galicismo, enquete, que é muitíssimo utilizado no Brasil com o sentido que, em Portugal, damos a inquérito.

Já a palavra treinamento me parece legítima, apesar de não ser utilizada em Portugal, mas, sim, a sua "prima" treino...

Mário Pereira Técnico de segurança Leiria, Portugal 17K

Creio que é pela forma "forte" como no Brasil se pronunciam as vogais, incluindo na última sílaba, que ambas as formas da expressão «todo o mundo», que em Portugal leva o artigo definido o e no Brasil se escreve simplesmente «todo mundo», soam aos nossos ouvidos de forma quase idêntica.

De qualquer forma, é ou não necessário o uso desse artigo definido?