Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Amélia Silva Secretária Toronto, Canadá 5K

Como usar corretamente assentamento? Agradecia exemplos.

Armando Santos Bancário Coimbra, Portugal 10K

«A fim de completar o processo, uma vez que ainda não foi deferido, junto envio os seguintes documentos.»

«A fim de completar o processo, uma vez ainda não deferido, junto envio os seguintes documentos.»

Das frases acima, qual a correcta?

Ricardo Moreira Desempregado Maia, Portugal 6K

Nesta entrada respondida pela Edite Prada (que agradeço a sua muito boa explicação e introdução à obra!) lia-se que o nome da aldeia do livro «assenta nas características inusitadas da aldeia. Se, cantando, a garganta pode secar, e beber poder ser considerado uma recompensa, chorando tal não acontece, e beber torna-se desnecessário». Permitam-me discordar. Acho que beber não se tornará assim tão desnecessário, à partida (sinto-me agora como quando estava no secundário, quando me entediava com todas as significações que se dava a todas a vírgulas de Os Lusíadas e outras obras. Mas agora sou eu que estou a "alinhar" neste papel).

Discordo desta última parte e pergunto-vos:

– Não terá esta alteração somente o propósito de assentar o provérbio nas características da aldeia? Porque, no mesmo tom humorístico... sarcástico... hum..., até, se calhar, irónico da obra, se, cantando, a garganta pode secar, e beber pode ser considerado uma recompensa; chorando, uma pessoa desidrata e, bebendo, compensa a perda de líquidos, "por isso, chorem, chorem, seus choramingões, e continuem na vossa melancolia, que, bebendo, isso passa". Ou, até, se beberem álcool, seria mais um "chorem, chorem, que depois a pinga vos animará".

Não seria mais esta a ideia?

Fernanda Bettencourt Funcionária pública Porto, Portugal 8K

Acabei de ler a resposta assinada por Edite Prada, em 17/12/2004, a uma pergunta a respeito da expressão, cada vez mais frequente, «eu não me acredito». Fiquei bastante surpreendida ao descobrir que é uma expressão correta, mas não entendi se se aplica apenas na primeira pessoa ou se o verbo acreditar-se tem um duplo sentido («acreditar»/«crer» e «tornar-se credível»). É que ouvi há pouco a expressão «as pessoas acreditem-se nisto» e confesso que me soou mal mas, mais do que isso, surpreendeu-me por ter sido proferida por uma professora de Português.

Gostaria de saber se também está correto.

António Pedro Lourenço Bibliotecário Braga, Portugal 15K

Sou um amante de música clássica e gostaria que me esclarecessem qual o seu respetivo adjetivo. Poderei dizer: «Sou musicófilo classicense» ou sou «melómano classicista»? Estará correto? Se não está, qual seria a alternativa correta?

Muito obrigado pela vossa resposta.

Ana Maria Rocha Tradutora Lisboa, Portugal 13K

Gostaria de saber se há uma explicação para o fato de dizermos:

«O comboio passou pelo Porto», e não dizermos «O comboio passou pela Lisboa», mas, sim, «... por Lisboa». E, então por que não dizemos também «... por Porto»? Precisava de explicar esta diferença a uma aluna chinesa e não consegui encontrar uma justificação clara.

Alberto Manuel Sebastião Educando em Letras Luanda, Angola 24K

José Maria Relvas escreve: «Para mais facilmente conhecermos se uma palavra é um substantivo, basta pôr antes dela algumas dessas palavras: um, uma, uns, umas, o, a, os, as. Qualquer palavra pode ser um substantivo, desde que essa palavra esteja substantivada por alguma das palavras um, uma, uns, umas, o, a, os, as. Assim: não, sim, são advérbios, mas, se dissermos: «o não», «o sim», já são substantivos; comer, cantar, são verbos, mas se dissermos: «o comer», «o cantar», já são substantivos; etc.» (Gramática Portuguesa – 2.ª Edição revista, actualizada e aumentada, Europress, 2001, pág. 21).

Realmente, quando acrescentamos os artigos, quaisquer que sejam, a uma palavra, independentemente do grupo ou classe gramatical, passa a substantivo. Por isso, os grandes linguistas aconselham que não se deve dizer o seguinte: «O peixe é para o almoço» (diferente de: «O peixe é para almoço»). Naquela, está contida a ideia de «o peixe» ser dado para o «almoço», como se este fosse um (ou uma) personagem, o que não corresponde à verdade, ao passo que, nesta, há a ideia de finalidade para a qual se destina o peixe.

Gostaria, entretanto, de saber se «o sim», «o não», «o comer», «o cantar» são substantivos comuns, ou concretos. Creio que sejam comuns, porque se escrevem em minúscula.

João Pimentel Ferreira Escritor/poeta Lisboa, Portugal 20K

Sei que este espaço é um espaço dedicado à língua portuguesa, mas já li em muitos dos vossos artigos referências a transliterações ou traduções de línguas estrangeiras. Assim, e não querendo abrir precedentes para vós indesejáveis, rogava-vos veementemente apenas que me atestassem que «vera veritas» em latim é uma tradução aceitável para «a verdade verdadeira».

Maria Marques Designer Coimbra, Portugal 6K

Habituei-me a ouvir, em Coimbra, a seguinte expressão «Não consigo com este peso» (em substituição de «Não posso com este peso»). Eu própria a utilizei e fui corrigida, o que agradeci.

No entanto, pedia o favor de me indicarem se a expressão está realmente incorrecta.

Tadia Cristina Nunes Estudante Rio de Janeiro, Brasil 4K

Esse trecho  do poema de Cecília Meireles pode ser considerado como uma prosopopeia?

«E as borboletas sem voz

Dançavam assim veludosamente.»