Como refiro na resposta citada, enquanto o hífen tem normalmente função aditiva (cumulativa: e), a barra tem função disjuntiva (ou). Assim:
Numa escrita do tipo “a1”/”a2” eu interpreto: “a1” ou “a2”, em alternativa, e não “a1” mais “a2”. Concluo, da expressão em apreço, que as pontuações “a1” ou ”a2” não poderão ser contadas de forma cumulativa. Por outro lado, escreve-se que as pontuações “b” também (e) não podem ser contadas de forma cumulativa.
A conclusão que tiro da frase é que nenhuma das pontuações indicadas podem ser contadas de forma cumulativa. Com a barra um mero sinal de agrupamento disjuntivo de pontuações semelhantes, a frase seria equivalente a uma do tipo:
«As pontuações previstas nas alíneas “a1”, ”a2” e “b” não poderão ser contadas de forma cumulativa.»
Fica, porém, ainda a dúvida sobre a utilização da barra. Pode ser que o autor tenha querido dizer que “a1” ou ”a2” não podem ser cumulativas com “b”, mas então a frase deveria ter sido:
«As pontuações previstas nas alíneas“a1”/”a2” não poderão ser contadas de forma cumulativa com as pontuações da alínea “b”.»
Para que as pontuações nas alíneas “a1”/”a2” possam, entre si, ser contadas de forma cumulativa, isso terá de estar indicado explicitamente nalgum lado; e tal não se depreende claramente da expressão em apreço.
Nota final:
Esta questão levanta o problema da ambiguidade na escrita, um erro contra a qualidade clássica da linguagem designada por clareza. A menos que se pretenda escrever com ideias subliminares, como acontece na poesia ou nalguma literatura, uma mensagem clara não deve deixar dúvidas naquilo que o autor pretendeu transmitir. A técnica é, com humildade, constantemente perguntar: será que me vão entender bem, nisto que estou a escrever?