O significado de «em cativo»
Recebi um e-mail do Portal do Cidadão e não entendi uma palavra, o sentido ou o que quer dizer no trecho abaixo:«(...) que lhe poderá ter acontecido é ambos os valores estarem em cativo e apenas um ser realmente debitado ficando o outro valor disponível (...).» Por favor, o que significa «em cativo»?Grato.
Frase vs. oração
[Acedi a um sítio e] deparei com a seguinte pergunta de múltipla escolha: «Diga quantas orações se encontram neste parágrafo: "Atenção! Silêncio! Gritava a professora, enervada, quando o director entrou."» Duas, três ou quatro?
Segundo o que está assinalado, há aí quatro orações. Ora, no meu tempo, as orações eram contadas de acordo com o número de verbos existentes, pelo que apenas consigo encontrar duas, apesar de poder estar elidida uma forma verbal antes de "enervada".
Serei eu quem está a ser obtusa?
Antecipadamente grata pela vossa resposta.
O provérbio «quem vê caras...», novamente
Gostaria de saber a explicação do provérbio «Quem vê cara não vê coração».
«Dar conta de» vs. «dar-se conta de»
Qual das duas formas está mais correcta em português: «Os habitantes não deram conta...», ou «Os habitantes não se deram conta...»?
Muito obrigada.
A origem da expressão «voltar à vaca fria»
«Voltar à vaca fria» significa retomar o assunto original de uma conversa. Qual a origem dessa expressão? Se não souberem, poderiam indicar sites ou livros que pudessem conter a resposta? Obrigado.
«Pese embora o mau tempo...»
Passo à pergunta: «Pese embora o mau tempo, fui à praia.»
Esta construção está correcta? «Pese embora»? Qual é a função de «pese»? Não é sinó[ô]nimo de «apesar de»? Embora, enquanto conjunção concessiva, não é sinónimo de «apesar de»? Não será esta frase uma redundância?
Agradecia a vossa resposta, se possível!
Uso de mijaneira
Fiquei fascinado com o site. Parabéns. Assim que puder, vou conhecer mais.
Minha dúvida é acerca da frase «Preciso ir ao banheiro, estou com uma mijaneira».
Tenho ouvido as pessoas dizerem muito essa palavra, mas ela não consta no dicionário.
Grato.
Tempos verbais e texto
Apesar de ter procurado, não encontrei nenhuma pergunta anteriormente colocada que respondesse à minha questão.
Assim, peço que me informem sobre o tempo verbal mais correcto aquando da redacção de um estudo que será brevemente publicado que possui vários capítulos, em que uns remetem para a análise de dados recolhidos no passado (1) e outros tratam de apresentar os processos e os resultados atingidos com certas metodologias aplicadas no passado (2).
Ou seja, como opto correctamente pelo tempo verbal no presente ou no passado? Exemplos:
(1) «Ao analisarmos a variação da população entre os censos de 1981 e 2001 podemos distinguir dois grupos de freguesias distintos em termos de evolução: por um lado, um conjunto de freguesias onde se observou (OU OBSERVA) um ganho populacional entre 1981 e 1991, seguido de uma perda de população nos censos de 2001 (...)»;
(2) «os instrumentos que foram preenchidos pelas participantes criou-se um portfólio individual, que será entregue a cada uma, onde ficaram organizados todos os instrumentos que foram utilizados e que reflectem algumas das competências adquiridas ao longo da vida, bem como o Curriculum Vitae. Este currículo constitui um documento de utilização universal, que concretiza todo este processo de auto-reflexão e análise, e ao mesmo tempo que actua ao nível da auto-estima e motivação pessoal...»
Para além destas questões, gostaria ainda que respondessem se é adequado num mesmo capítulo referente, por exemplo, à apresentação de uma instituição que existe e são analisados dados actuais mas também passados e da sua evolução, utilizarmos diferentes tempos verbais.
Forma de tratamento de cardeal
Como nos devemos referir a um cardeal? «Vossa excelência», «vossa eminência reverendissima», ou «vossa santidade»?
Figuras de linguagem em Memorial do Convento
«Sentaram-se todos em redor da merenda, metendo a mão no cesto, à vez, sem outro resguardar de conveniências que não atropelar os dedos, agora o cego que é mão de Baltazar, cascosa como um tronco de oliveira, depois a mão eclesiástica e macia do padre Bartolomeu Lourenço, a mão exata de Scarlatti, enfim Blimunda, mão discreta e maltratada, com as unhas sujas de quem veio da horta e andou a sachar antes de apanhar as cerejas.»
José Saramago, Memorial do Convento.
Qual é a figura de linguagem que o narrador utiliza para marcar as diferenças de nível e grupo social das personagens?
