Além da intensidade com que se entrega à investigação e à tradução dos textos em línguas clássicas, o professor universitário e classicista Frederico Lourenço (Lisboa, 1963) tem-se batido nos últimos anos pela recuperação do estudo do latim e até do grego no ensino não universitário português. A presente publicação – sob a chancela da Quetzal Editora –, decorre das dificuldades impostas pela pandemia de covid-19 e nasceu, como faz questão de frisar o autor, da decisão de prosseguir a docência em latim por canais digitais, não só em atenção dos seus alunos, mas também para o vasto público que já o segue pela Internet (ver aqui, aqui e aqui). É, portanto, um curso de latim que o autor lança a todos como desafio e que se revela como um importante auxiliar do estudo autónomo (e exigente) desta língua-matriz da portuguesa – no fundo, correspondendo a uma preocupação pela produção de materiais acessíveis quer a estudantes quer a autodidatas.
Constituída por 50 lições, assiste a todas elas um propósito metodológico, que é, na visão de Frederico Lourenço, o mais eficaz na aprendizagem do latim: o contacto precoce com documentos autênticos, ou seja, com textos literários em latim ou traduções feitas para esta língua, como é o caso da Vulgata bíblica*. Tudo isto se confirma pela sinopse que acompanha a obra e da qual se transcreve a seguinte passagem:
«(...) A primeira parte do livro é constituída por 50 lições, em que ao ensino pragmático de questões linguísticas se juntam temas de cultura e literatura latinas. Privilegiando o uso de frases originais e de textos autênticos, este método constrói o edifício gramatical que permite, na sua segunda parte, o acesso direto à Eneida de Vergílio – em concreto, aos seus Cantos 1 e 4, estudados na sua forma original e num formato especialmente pensado para facilitar a sua compreensão. A última parte propõe a leitura integral do Livro 1 das Odes de Horácio, acompanhada de abundantes notas explicativas.»
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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