Trapezóide, com acento, era assim que se escrevia na norma ortográfica de 1945. Mas já não é assim pós-Acordo Ortográfico de 1990, em vigor em Portugal desde 2009 – conforme o ponto 3 da respetiva Base IX: da acentuação gráfica das palavras paroxítonas: «Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.» É, pois, também, o caso de trapezoide.
Seguindo a RTP a norma oficial do país, como lhe compete por lei, é, só, mais um exemplo do pouco cuidado que quem produz o concurso Joker vai dando à língua pátria...*
* Cf. "Moio" e xarém a concurso + O «homem» que virou adjetivo + Tropeções demais no português mais básico + Língua... muito enferrujada + A falta que faz o ponto abreviativo