Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Biqueiradas jornalísticas

 

 

Mais uma ilustração da forma desleixada como se ecreve na imprensa portuguesa. No caso (jornal desportivo O Jogo de 19 de Abril de 2009), um qualquer dicionário de sinónimos à mão evitaria estas biqueiradas jornalísticas.

«Quando se procura ler hoje um diário ou um semanário português, é indispensável armar-se de um bom dicionário de inglês para tentar compreender o que querem dizer os site, online, lay-off, play-off, franchising, outlet, offshore, lifting, share, target, outdoor e outros deliciosos termos perfeitamente desconhecidos para a grande maioria da população». Artigo publicado no Diário de Notícias de 18 de Abril de 2009, que aqui se transcreve, com a devida vénia.

«O que faz de um texto um texto?» Este também podia ser o título do artigo de Ana Martins no semanário Sol.

Dizer aquilo que não se tem como certo — quais as marcas no discurso que o evidenciam? E que incoerências podem ocorrer neste âmbito? Um artigo de Ana Martins no semanário Sol.

O uso indevido da preposição já se tornou num caso infeliz de celebridade ridicularizado até à náusea.

O certo é que a preposição anda a ser evitada de forma tão flagrante e com frequência tal, que o mínimo que se pode fazer é um reparo sobre o assunto.

A questão, neste caso, prende-se com a preposição que acompanha o pronome relativo e que depende do verbo que se está a utilizar.

Apenas alguns exemplos por entre os inúmeros casos que se poderiam registar:

Omissão da preposição a:

Tradução «mal avisada»

 

 

01 Abril 2009 - 00h30

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Grafite(s) é outra coisa…

30 Março 2009 - 11h12

Videovigilâncias e revestimentos inovadores

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O combate ao grafiti nos comboios na zona da Grande Lisboa é uma batalha diária para a CP e para a Fertagus que vêem vandalizados os seus comboios e estações. As soluções passam pela remoção das composições vandalizadas, videovigilância ou revestimento inovadores.

A língua varia, mas não à toa: um relance de alguns casos de mávariação, por Ana Martins no Sol.

Sobre a ambiguidade do possessivo na 3.ª pessoa, um texto  de Miguel Esteves Cardoso, no Público (rubrica Ainda ontem) de 23 de Março de 2009.

A arte de titular, seguida de exemplos — um artigo de Ana Martins no Sol.

Há técnica e talento na criação de um bom título de notícia. Muito mais do que o título de um livro, o título de uma notícia determina a decisão de ler ou não ler o texto. O título noticioso tem de ter autonomia, clareza e densidade informativa, gerando no leitor, ainda assim (ou sobretudo porque é assim), a necessidade de ler o corpo da notícia.

Passemos em revista quatro títulos: dois maus e dois bons.