Pelourinho // Mau uso da língua Sobre o modismo realizar Como é sabido, as línguas têm aquilo a que chamamos de “falsos amigos”. Pela semelhança que alguns vocábulos de uma língua apresentam com outra, há a tendência para os associar de imediato, considerando que significam a mesma coisa. Quando estudamos uma língua estrangeira, isso acontece com frequência. Maria João Matos · 27 de maio de 2010 · 6K
Pelourinho Um manual nada rigoroso Num mundo ideal, os livros não teriam erros. Claro está que não vivemos num mundo ideal, e os erros inundam diariamente a televisão, o cinema, os jornais e os próprios livros. Mesmo assim, os manuais de escrita, jornalística ainda por cima, justificariam um zelo acrescido na utilização da língua. Manuel Matos Monteiro · 12 de abril de 2010 · 3K
Pelourinho Conviver dif. de socializar Começa a ser habitual ouvirmos o verbo socializar, em vez do termo de uso corrente conviver. No cinema ou na televisão portuguesa, já nos habituámos a ver, nas legendas, o verbo socializar, como tradução directa do inglês to socialize. Quanto aos jovens, deixaram de conviver. Agora socializam… Enfim, a moda pegou… Maria João Matos · 31 de março de 2010 · 5K
Pelourinho // Estrangeirismos Rufias, xícaras e búlis e outras faltas de chá * Rui Zink, no seu blogue, ataca, rápida mas incisivamente, a adopção sobreentusiástica do anglicismo bullying e derivados. Rui Zink · 22 de março de 2010 · 4K
Pelourinho Pedantismo = ignorância Depois do «há anos (ou meses, ou dias) "atrás"», deve ser o modismo mais ao gosto das ditas elites portuguesas. Não há político, comentador, jornalista, gestor e afins, até professores e escritores (!), que não pronuncie a palavra latina media como se ela fosse inglesa. O pedantismo só revela ignorância. Foi no que incorreram o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, e a jornalista autora da peça emitida pela RTP N.1 José Mário Costa · 17 de março de 2010 · 4K
Pelourinho «A mulher foi batida»?! O caso Maddie e, por arrasto, o caso Joana continuam a despertar o interesse da comunicação social portuguesa. Desta vez, foi através do programa Sinais de Fogo, da SIC, onde o entrevistador afirmou, referindo-se à mãe de Joana, que «a mulher [fora] batida». O entrevistado, apesar de ter menos responsabilidade que o entrevistador no que respeita à língua portuguesa, refutou a ideia, mas não lhe pegou nas palavras, limitando-se a dizer que «a mulher não [fora] agredida». Maria João Matos · 9 de março de 2010 · 4K
Pelourinho “À séria” nem a brincar… Bruno Nogueira: Do 'Levanta-te e Ri' ao palco da Cornucópia por MARIA JOÃO CAETANO O humorista faz 'stand-up comedy', rádio, televisão, teatro e o que mais aparecer. A partir de amanhã estará em 'A Cid... Maria João Matos · 17 de janeiro de 2010 · 3K
Pelourinho Pais natais (e não "pais-natal") Já muito se tem insistido aqui a propósito de um erro, recorrente em cada Natal que passa, o plural de Pai Natal, a personagem imaginária que descia pela chaminé durante a noite de Natal para colocar os presentes nos sapatos das crianças — como fazia também, aliás, o Menino Jesus dos Natais da minha infância… As tradições vão ficando mais esbatidas no tempo, as rotundas figuras vestidas de vermelho e com barbas brancas vão tomando cada vez mais peso nesta época natalícia: são os pais natais. Maria João Matos · 28 de dezembro de 2009 · 14K
Pelourinho Insistir, insistir e não desistir O provedor dos leitores do Diário de Notícias volta a insurgir-se contra «a frequente multiplicação (…) de gralhas, erros de português inadmissíveis em quem faz da escrita a sua profissão e incorrecções factuais difíceis de entender num jornal que se reclama (…) uma referência de qualidade.» Artigo publicado na edição de 5 de Novembro de 2009. Ler aqui. Mário Bettencourt Resendes · 7 de dezembro de 2009 · 4K
Pelourinho O modismo do por que (em vez de porque) Basta um olhar atento pelos jornais ou pelas legendas do cinema e da televisão, em Portugal, para nos apercebermos de como este modismo proliferou neste lado do Atlântico. Trata-se de frases começadas pelo advérbio interrogativo porque que, cada vez com mais frequência, aparece separado, como se se tratasse da preposição por e do interrogativo que. Esta é mais uma dife... José Mário Costa, Maria João Matos · 4 de dezembro de 2009 · 5K