A língua varia, mas não à toa: um relance de alguns casos de mávariação, por Ana Martins no Sol.
A língua varia, mas não à toa: um relance de alguns casos de mávariação, por Ana Martins no Sol.
Sobre a ambiguidade do possessivo na 3.ª pessoa, um texto de Miguel Esteves Cardoso, no Público (rubrica Ainda ontem) de 23 de Março de 2009.
A arte de titular, seguida de exemplos — um artigo de Ana Martins no Sol.
Há técnica e talento na criação de um bom título de notícia. Muito mais do que o título de um livro, o título de uma notícia determina a decisão de ler ou não ler o texto. O título noticioso tem de ter autonomia, clareza e densidade informativa, gerando no leitor, ainda assim (ou sobretudo porque é assim), a necessidade de ler o corpo da notícia.
Passemos em revista quatro títulos: dois maus e dois bons.
Governo iraquiano criticado por não garantir sistema judicial justo Jornalista que atirou com sapatos a Bush foi condenado a três anos de prisão 12.03.2009 - 22h17 Francisca Gorjão Henriques Pouco importou se o jornalista iraquiano Muntadhar al-Zaidi, que ficou mundialmente famoso por te... |
Artigo do jornalista Fernando Madrinha, no semanário Expresso, 14 de Março de 2009, a pretexto dos erros de português dos deputados portugueses apontados pelo procurador-geral da República e dos erros de palmatória de um programa educativo instalado no computador Magalhães.
A qualidade das leis, vista agora à luz da correcção linguística, motivou o desabafo do procurador-geral da República português, Pinto Monteiro, projectado para título do texto do jornalista Carlos Rodrigues Lima, no Diário de Notícias, de 11 de Março de 2009.
O que em cima se ilustra é mais uma variante da ignorância relativa ao verbo vencer.
Depois da asneira «vencer a» (como em Sporting venceu ao Benfica) aparece agora o aborto «venceu-lhe».
Com este conhecimento da língua, não admira que o estilo esteja em consonância: «agarrar os telespectadores"
A redundância tem algum mérito ou é mesmo, simplesmente, um vício de linguagem? Eis uma breve reflexão a propósito, da autoria de Ana Martins, no Sol.
Para quem gosta de caçar redundâncias, aqui vão mais duas: «o Presidente poderá assinar uma nova ordem ordenando o encerramento definitivo daquela prisão» (Público, 22/01/09); «a aplicação prática do Acordo Ortográfico» (Lusa, 13/11/08)
Sobre a ordenação dos termos na frases e efeitos derivados — um artigo de Ana Martins no semanário português Sol, de 14 de Fevereiro de 2009.
Em português, como noutras línguas, há uma ordem de colocação das palavras mais frequente do que outra. Por exemplo, o adjectivo costuma vir a seguir ao nome, o determinante ou o quantificador vêm habitualmente antes do nome, os pronomes com função de complemento directo, assim como os advérbios de intensidade, têm lugar marcado a seguir ao verbo, etc.
Artigo do provedor dos leitores do jornal português Público, de 1 de Fevereiro de 2009, a propósito da importância, no jornalismo de referência, da criteriosa escolha dos termos mais adequados a cada situação.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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