Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Temerário e temeroso não significam o mesmo, ao contrário do que se ouve em Portugal, em certos canais de televisão – recorda Paulo J. S. Barata.

Com um curto intervalo de dias, ouvi na SIC Notícias um reputado jornalista referir, sobre a posição do Presidente da República acerca das últimas medidas de austeridade em Portugal, alegadamente indiciadora de um alinhamento com o Governo, qualquer coisa com...

Acordo
À volta do plural das palavras paroxítonas (ou graves) com o "o" fechado

Uma reflexão do autor, em crónica publicada no jornal "i", a propósito o plural  de acordo e das palavras paroxítonas (ou graves) com "o" fechado. 

A confusão entre e à um erro que ameaça eternizar. Paulo J. S. Barata dá mais um exemplo colhido na comunicação social portuguesa.

Na sua habitual coluna semanal, numa crónica intitulada "Choque e Pavor", Daniel Oliveira escreve:

Uma reflexão a propósito dos "trambolhões" do jornalismo em Portugal.

Grandes, sucessivos trambolhões, são o que se vê. Os jornalistas "políticos" perdem-se nas iniciativas partidárias e não oferecem ao público uma leitura segura da segura coroação; os jornalistas "económicos", por seu turno, saltitam atrás da troika, entrevistam banqueiros e espanta-os que ninguém tenha tido a ideia de examinar os relatórios e as contas das empresas públicas, onde com toda a certeza os estrag...

Um jornal português teima em erros semelhantes em duas páginas consecutivas, confundindo vêm com veem (ou vêem, na anterior ortografia). Um apontamento de Paulo J. S. Barata.

«A Finlândia, que parece liderar os ortodoxos e bem comportados países do norte da Europa – pelo menos é assim que eles se vêm a si próprios – avisou mesmo os cipriotas para terem juízo e seguirem o excelente exemplo finlandês» (p. 3).

Além de polémico, um despacho publicado em Portugal apresenta numerosos erros que Paulo J. S. Barata escalpeliza no seguinte apontamento.

 

O tão falado Despacho n.º 47/2013/MEF, de 8 de abril, que proíbe os organismos públicos portugueses de efetuar despesa, com algumas exceções (pessoal, custas judiciais e contratos em execução), sem prévia au...

Já por aqui nos referimos à confusão recorrente entre a expressão «por ventura», que significa «por sorte», «por felicidade», e o advérbio porventura, que significa «possivelmente», «talvez», «por acaso», «por hipótese». Esbarrámos novamente com este erro numa notícia do Expresso sobre o recente <a href="http://www.oje.pt/noticias/economia/tc-chumbou-artigos-no-oe-de...

Paulo J. S. Barata dá conta de mais um caso de confusão entre sobre e sob, desta vez, com um resultado semântico totalmente absurdo.

 

 

«[…] aguaceiros sobre a forma de neve»¹

Obviamente que o que deveria ter sido dito era aguaceiros «sob a forma de neve», aguaceiros «em estado de neve». Ou seja, que foram submetidos a uma determinada ação ou efeito – a ideia de subordinação, de suje...

Uma reflexão à volta da palavra «complicado», uma espécie de muleta linguística usada nas mais variadas situações… de complexa, ou difícil explicação. Crónica do autor, no jornal i de 4 de abril de 2013.

 

Na popularíssima vox populi (é simples, barata, recompensa a preguiça e dá milhões), a palavra que mais se ouve é «complicado». As águas inundaram a casa, o preço da gasolina subiu, o vizinho matou a mulher? Complicado. Muito complicado.

Como se não constituísse já desgraça suficiente passar a ser conhecido para sempre como «a lavandaria da Europa» (ou da Rússia?), Chipre continua muito maltratado nas televisões portuguesas. Até aos naturais da ilha alguns jornalistas atribuíram um estranhíssimo gentílico — como se assinala nesta crónica publicada pelo autor no jornal "i" de 28 de março de 2013