Convenhamos que é, no mínimo, surpreendente um erro destes no anúncio de um colóquio pretensamente científico sobre a ortografia (...)
Convenhamos que é, no mínimo, surpreendente um erro destes no anúncio de um colóquio pretensamente científico sobre a ortografia (...)
Um jornal sem gralhas, dizia-se nos tempos anteriores à informatização das redações e das tipografias de composição a chumbo, é como um jardim sem flores. Só que sempre houve gralhas-gralhas – por exemplo, lapsos de teclagem, trocas de letras na pressa do fecho da edição, distrações ocasionais – e "gralhas" resultantes de manifesta ignorância. (...)
Também em Angola, não são poucos os falantes que empregam erradamente no plural o verbo haver em sentido existencial («haviam pessoas»); na verdade, observa Edno Pimentel, a palavra pode ser sinónima de existir, mas, ao contrário deste verbo, só se usa na 3.ª pessoa do singular («há pessoas»). Texto publicado no semanário luandense Nova Gazeta no dia 15/10/2015, no qual se mantém a ortografia conforme a norma ainda aplicada em Angola, anterior ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Não vou pronunciar-me quanto à aceitabilidade da prática, o meu comentário é apenas de teor linguístico.Tenho visto um uso crescente da palavra inglesa nude (da forma francesa obsoleta nud, do latim nudus) na imprensa brasileira para referir a foto nua de alguém que se manda na Internet.
«Peixeirada de baixo nível» foi como o jornalista Rui Santos comentou certeiramente a entrevista do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, no espaço de debate da TVI 24 Prolongamento, depressa resvalada para um feiíssimo confronto pessoal com um dos participantes do painel, “o representante” do clube rival Benfica.
«Em Alcântara, dividido entre a LX Factory e o Village Underground, acontece nesta sexta-feira e sábado mais uma edição do Famous Fest. Este ano, com um programa que procura dar-nos mais do que sessões de humor.
(...)
O Famous Humour Fest perdeu este ano o Humour no nome, mas não o humor na programação. Continua a ser um festival onde o riso é primordial, mas à 5ª edição não se fica apenas pelos espectáculos e sessões de humor para nos dar também concertos ou exposições. Wasted Rita, por exemplo, a portuguesa que Banksy veio buscar para a sua Dismaland, terá toda uma parede do Village Underground para as suas frases cáusticas. Ao lado, na vizinha LX Factory, acontecem sessões como uma conversa entre Ricardo Araújo Pereira e António Tabet, da Porta dos Fundos, ou a transposição para o palco do podcasts de Bruno Nogueira, Filipe Melo e Nuno Markl, Uma Nêspera no Cu. (...)»
[in Público de 25/08/2015]
Crónica que se transcreve do jornal Público, do dia 29/06/2015, criticando-se nela, asperamente, o novo nome adotado para os territórios da margem sul do Tejo, em Lisboa.
[Sobre este mesmo assunto, vide, ainda: Lisbon South Bay ou o Sul ridicularizado.]
Aqui há dias, juntou-se à grelha de programas da TPA um “Especial Informação” e, como se previa, os fantasmas voltaram à acção.
A princípio, o debate parecia muito monótono, dava tempo para tirar água às azeitonas, pois nada se perdia. Era fatídico, até mesmo para os olhos, assistir àquele painel de blá-blá-blá...
«(…) O que é que esta Europa pretende, se pretende que tudo isto explôda, pode ser… Ou então encontrar uma solução para que a Grécia possa estar num quadro mais fácil.»
António Esteves Martins, correspondente da RTP, em Bruxelas, Telejornal da RTP, 5/07/2015
Desta vez, os fantasmas açularam e assolaram a redacção do Jornal de Angola (JA)1. Saiu à estampa a agenda da cimeira de chefes de Estado africanos decorrida nos dias 13 e 16 p.p, em Joanesburgo. Analisou-se, segundo o JA, a questão da «crise humanitária» causada pelo Ébola.
Talvez quisessem escrever «crise demográfica». Nenhuma crise é humanitária (humanitário/a = em prol da humanidade).
1 Incorreção também na revista Visão
Ler mais aqui.
N.E. (agosto de 2021) — A confusão no emprego de ambos os adjetivos voltou a ser recorrente com o regresso a poder dos talibãs no Afeganistão e o cenário subsequente em matéria dos direitos das mulheres, nomeadamente. Erradamente, por exemplo, quando se refere que a ONU alerta para crise humanitária no Afeganistão e certo quando se escreve "Tragédia Humana iminente" no Afeganistão, ou no caso do acolhimento de refugiadas afegãs: Empresas portuguesas que querem contratar afegãs dizem que vai ser aberto corredor humanitário.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações