Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Défice do português básico

«(...) No mínimo surpreendente a ausência de qualquer cuidado editorial na publicação de uma notícia com tantos erros (primários) em tão poucas linhas. Mais estranho, ainda, por acontecer precisamente no jornal que fez do Acordo Ortográfico a fonte de todos os atropelos à língua portuguesa. (...)»

Pecadilhos com a acentuação e a vírgula

O pecadilho da falta do acento na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo manter – e o (ainda maior) de uma virgula entre o sujeito e o predicado.

Ataques e atentados <br> – verdadeiros e... linguísticos

Uma crase falhada, um erro com o verbo haver, e a confusão entre o que é, de facto, um ataque e um atentado.

Pobre conjuntivo!...

Um caso, mais, de um uso em vias de extinção nos media portugueses...

As rasteiras do umlaut

A campeã do mundo em futebol, a Alemanha, teve um excelente desempenho no Euro 2016, mas caiu nas meias-finais. Pior mesmo só quantos, na rádio e na TV, foram traídos pelo umlaut.

Incompetência e desprimor pelo idioma nacional

Um caso do suposto «caos ortográfico» resultante da entrada em vigor do AO – mas que é, acima de tudo, um (péssimo) exemplo do absoluto desleixo e da falta de rigor no bom uso da língua no espaço público.

Erros de português na lista do Fisco escondem calotes

Uma lista de devedores ao fisco, publicada em Portugal e criada para pressionar os contribuintes pela estratégia da «vergonha pela exposição pública», acaba por dificultar a deteção de vários nomes próprios e apelidos, porque os regista com erros ortográficos básicos (falta de til ou cedilha, por exemplo). Notícia publicada pelo Jornal de Notícias de 13/06/2016.

<i>Ave, Caesar, morituri te salutant</i>
O verbo pôr despede-se com muita tristeza

Os romanos saudavam – Ave, Caesar, morituri te salutant («Ave, César, os que vão morrer te saúdam») –, mas o verbo pôr parece ter morrido de uma morte prematura e inesperada. Não chegou a despedir-se nem a saudar ninguém. Num curto espaço de tempo, os falantes do português decidiram que «quem põe são as galinhas», tendo eu já ouvido dois eminentes responsáveis pela cultura portuguesa defender que «a postura é das galinhas». Lamento profundamente que um verbo de tão grande força na tradição latina tenha, por ignorância, sido relegado para as galinhas. (...)

«Pedir para» e «pedir que»

Mandam as regras que o verbo pedir seja normalmente acompanhado de dois complementos: um direto e um indireto. Pede-se, pois, alguma coisa (CD) a alguém (CIND): «eu pedi um livro ao João» ou «eu pedi ao João que me emprestasse um livro».

Quando o complemento direto é uma oração, encontramos o verbo pedir regendo duas estruturas diferentes que muitas vezes vemos confundidas pelos portugueses: «pode-se pedir que...» e «pode-se pedir para...». (...)

Não, não é verdade..." class="img-adjust">

Vasco Cordeiro – Um dia tipicamente açoriano...
António Costa – ... Solarengo, como se vê...
Vasco Cordeiro – Ora aí está... E portanto seja muito bem-vindo aos Açores.
António Costa – Isto é só para acabar com a má fama dos Açores, [segundo a qual] está sempre a chover. Não é verdade!...
Vasco Cordeiro – Muito bem!

[Diálogo entre o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, e o primeiro-ministro António Costa, à sua chegada a Ponta Delgada, em dia de sol radioso, in Telejornal da RTP 1, 29/04/2016.]