Crónica publicada no diário português “i” de 9/12/2011 ainda à volta de nomes do Governo português e de tropeções na concordância verbal numa notícias de jornal.
Num e-mail, um muito atento leitor chamou a minha atenção para a omissão do nome da ministra Paula Teixeira da Cruz na crónica [anterior]. Omissão ainda mais imperdoável, acrescentava, porque independentemente da simpatia que se possa ter pelo ministerial desempenho, ela é – e de longe – a mais graciosa figura do Governo [português]. Incontestável.
Por que motivo a ministra foi esquecido? Por simples conveniência analítica. Por não termos encontrado no seu nome – nem mesmo no nome completo – uma única palavra terminada em “s”. Quase metade do nome completo é de origem germânica, cultura que não obedece às regras portuguesas da formação do plural.
Como se calcula, haver um membro do Governo que escapa às regras do plural não pode servir de desculpa, incentivo ou exemplo para que ele (o plural) não seja observado por quem tem obrigação de o fazer. Como se fosse de propósito, um jornal afirmava o seguinte, no próprio dia em que a crónica [anterior] era escrita: «A notícia de início de outubro de que a Raplus também pertencia ao universo do sucateiro que agora está a ser julgado no âmbito do processo Face Oculta levaram a administração da CP a perguntar aos serviços jurídicos (…)». Assim mesmo: a notícia “levaram” a administração a perguntar…
In jornal i, de 9 de dezembro de 2011, sob o título original Plural, na crónica semanal do autor, Ponto do i, que assinala alguns erros na escrita jornalística, em Portugal.