Lisboa revisitada é o título de um poema de Fernando Pessoa mas não fica bem. A língua portuguesa não é a mais adequada para se falar da capital da famosa e mui frequentada West Coast of Europe.
O Christmas Spirit, ou Geist, olorando as almas e dando leveza aos sacos das prendas, a Lisboa dos Hotéis e dos Hostels, dos Tuk-Tuk e da algaraviada de línguas, só fica bem em inglês.
Dizer «cheira bem, cheira a Lisboa», sugere língua entaramelada e aos tombos depois de uma noitada no labirinto das tascas que já não há, dos duelos de navalha antigos, das ruas encardidas e do popular «água vai». Isso era no tempo do Cesário Green e ninguém quer essas coisas de província numa capital tão in como esta Lisbon fundada por Ulisses, ao que dizem.
Se é verdade que alguns ingleses vieram com a Segunda Dinastia, o que deu nos aristocratíssimos Lancastres e num Henry, the Navigator, o idioma de David Bowie é hoje um strawberry field nesta Lisboa em Turismo, post Christmas and Happy New Year – God bless! -, e isso smells good, seja na Wonderland Lisboa, vulgo Parque Eduardo VII (un English King) ou no Rossio Christmas Market. Como diz um tal mr. Trump na sua adjetivação infantil é tudo amazing and terrific. God bless!
Como os lisboetas fenecem e a cidade será, in the future, um grande passeio público de british a olharem para alemães, suecos para franceses e o mais da magnífica diversidade do mundo, exceto os portugueses, arredados para os subúrbios, temos por bem que esta adaptação linguístico-comunicacional é a que melhor serve os interesses da cidade.
God bless! Desta vez temos previsão. And it’s terrific!
Johnny Bigode
Cf. O português do Brasil e a “mania de macaquear” com estrangeirismos