Ao contrário da generalidade dos treinadores estrangeiros trabalhando em Portugal — o caso mais recente é o do selecionador espanhol Roberto Martinez, que logo que assumiu funções, prometeu aprender português, o que aconteceu nem passado um ano —, o do Benfica, o alemão Roger Schmidt, persiste em expressar-se em inglês... a única língua, além da sua, que, está visto, não encontrou qualquer dificuldade de aprendizagem.
Se estivéssemos em Espanha, ou em França, ou em Itália, ou em Inglaterra, ou na Alemanha — só para aludir os países com as principais ligas de futebol europeias —, há muito se tinha passado o que se (ou)viu na conferência de imprensa a seguir ao jogo Benfica-Famalicão: as perguntas dos jornalistas foram feitas, apenas e só, em português. Consequência nada elegante por parte dos funcionários do Benfica: ficaram a falar sozinhos na sala.
Ainda está por se saber se o episódio fica como mera exceção, ou se, dada a confessada «falta de talento para aprender línguas» de Roger Schmidt (fora o inglês...), o Benfica tratará, ao menos, de lhe pôr ao lado um intérprete... que lhe vá traduzindo o que os jornalistas portugueses querem saber... E não o habitual assessor de imprensa do clube, sem essa competência especializada, naturalmente.
Cf. Benfica: o que levou Schmidt a não ir à conferência de Imprensa + Um pequeno tsunami + O futebol, o amor-próprio e o português