«Tomar o português lisboeta como neutro, relegar o calão para as caves da produção literária, cria uma falsa neutralidade que tem como efeito literal a horizontalização de uma arte que não só se quer múltipla como se quer capaz de dizer a vida, com textura e corpo» – defende a escritora e crítica literária portuguesa Ana Bárbara Pedrosa, neste artigo de opinião à volta da importância que a representação da variação e dos desvios linguísticos pode ter na criação literária.
Texto incluído no jornal digital Observador em 5 de julho de 2025 e aqui divulgado com a devida vénia, escrito segundo a norma ortográfica de 1945.