«O verbo fazer é um verbo multiúsos. Embora pequeno e discreto, consegue ter uma capacidade de significação muito alargada e diversificada.» Este é o mote que abre a crónica da professora Carla Marques, dedicada ao verbo fazer e incluída no programa Páginas de Português, transmitido pela Antena 2, no dia 3 de outubro de 2021.
Com registo recente nos dicionários, a palavra sororidade é, por exemplo, uma das novas mil palavras constantes da mais recente atualização do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL). A verdade, porém, é que ela sobressai já desde os anos 70 do século passado e, até, num conto de Eça de Queirós.
«Há idades em que ler e escrever bem, regularmente, resulta providencial e não tem necessariamente a ver nem com passar de classe ou obter um certificado ou título qualquer[...].» Neste artigo publicado no Jornal de Angola, no dia 30 de setembro de 2021, o historiador e crítico de arte angolano Adriano Mixinge realça a importância da leitura e da escrita ao longo da vida.
Quando a frase começa com um algarismo, a palavra que se segue é escrita em minúscula, pois não abre a frase. Isso também se aplica na imprensa escrita ou em qualquer outra situação em que se utilize a língua portuguesa. Um apontamento da professora Lúcia Vaz Pedro.
O verbo haver é frequentemente usado em construções que se afastam da norma. É a este e a outros verbos que a professora Cristina Fontes dedica o seu artigo*, recordando os usos normativos.
*Artigo publicado originalmente no Correio do Minho, em 26 de setembro de 2021.
«O conceito de lusofonia, embora seja prático, é claramente um conceito ambíguo e limitado, que não exprime toda a complexa realidade constituída e vivenciada pelos povos de língua portuguesa» – argumenta o donalista e escritor angolano João Melo em artigo publicado no Diário de Notícias, no dia 28 de setembro de 2021, acerca do conceito de lusofonia e das falhas relativamente à literatura que se cometem à volta das comunidades de língua portuguesa.
Ainda a propósito da comemoração do Dia Europeu das Línguas, transcreve-se um excerto do capítulo 4 («2 000 000 a. C. | A origem das línguas») do livro História do Português desde o Big Bang (Guerra e Paz, 2021) de Marco Neves, em que se reflete sobre se a linguagem da nossa espécie é diferente de todas as outras e acerca do modo como surgiu.
«Não defendo uma aplicação direta dos modelos teóricos da linguística formal ao ensino e aprendizagem da língua materna. É necessária, contudo, a explicitação, para que haja um uso mais consciente da língua.» Declarações do linguista João Costa, que, em Portugal, é também Secretário de Estado Adjunto e da Educação do XXII Governo Constitucional, acerca de como aproximar, atualizando-os, os conteúdos gramaticais do ensino não universitário dos avanços dos estudos científicos sobre as línguas e o fenómeno da linguagem humana em geral. Entrevista publicada na revista científica ReVel (v. 19 n. 37 de 2021).
«Na Grammatica da Lingoagem Portuguesa [publicada em 1536] Fernão de Oliveira [1507-1567] descreve a língua da época, o português clássico, que se caracteriza pela normalização e estandardização do idioma, em flagrante contraste com o período antecedente, o do português arcaico, que corresponde a uma fase de intensa evolução.» Apresentação da linguista Maria Clara Barros (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), marca assim o lançamento da edição fac-similada da primeira gramática da língua portuguesa na Colecção Tesouros das Bibliotecas, uma iniciativa do jornal Público no ano de 2021.
Cf. Grammatica da Lingoagem Portuguesa, na Montra de Livros
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