Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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No programa do actual Governo [português] escreveu-se: «A agenda do Governo para retomar o crescimento da nossa economia, de modo a integrá-la na sociedade do conhecimento consiste em convocar o país para a inovação.»

Num mercado cada vez mais competitivo, inovar, ser diferente já não é uma opção, mas antes uma obrigação. (...)

A ideia do Presidente da República [português] de elevar o português a língua oficial das Nações Unidas é «estimulante« para o Governo [de Lisboa], mas pode esbarrar em obstáculos tão comezinhos como ciúmes e rivalidades na própria ONU ou, mais do que isso, numa despesa insuportável para os seus promotores.

PRECISÕES INICIAIS:

1. O novo acordo ortográfico designa-se por acordo de 1990, data de assinatura de todos os países que o subscreveram, e não erroneamente de 1991, data da ratificação inicial de Portugal. Compreende-se que assim seja, para unificar o título; caso contrário, poderia ter diferentes designações no universo da língua, consoante a data das ratificações dos diversos países.

Vale a pena revisitar o tema das gralhas, lapsos e erros crónicos do jornal Público, que afectam a sua imagem junto dos leitores.

 

Não fora o mau serviço prestado aos leitores, o provedor só teria a agradecer ao responsável pelo fecho da edição de segunda-feira (24 de Março). É que a manchete desse dia, «Fisco multa noivos que não derem informações sobre casamanto», acentu...

A propósito das recentes eleições no país vizinho, falou-se frequentemente da «balcanização da Espanha». Já antes se tinha alertado para a «balcanização do Congo» e se anteviu a «balcanização do Iraque».

Balcanizar e balcanização são palavras recentes na língua e já constam de alguns dicionários.
Estes termos assentam na longa história dos Balcãs — vasta região montanhosa que, em diferentes zonas, serviu ...

A Primavera e as estações do ano (primavera pós-AO90)

Sobre as estações do ano* e a Páscoa neste texto da autoria de Maria Regina Rocha, transcrrito  do Diário do Alentejo de 28 de Março de 2008, na coluna A vez... do Português.

 

[N.E. – (21/03/2017) Com as novas regras do Acordo Ortográfico de 1990* tal como os nomes dos dias da semana e dos meses, os das estações do ano passaram a escrever-se com inicial minúscula. Portanto: «A primavera e as estações do ano» é como deve ser conforme a norma ortográfica  de 1990. Do mesmo modo, atual passou a escrever-se sem o c intercalado. Cf b) do ponto 1 da Base XIX: Das Minúscuslas e  Minúsculas +  Base IV Das sequências consonânticas]

O Acordo Ortográfico não diz respeito apenas à leitura e não envolve só portugueses e brasileiros. Leio em declarações recentes de Maria Lúcia Lepecki o seguinte: «Sempre achei que o Acordo Ortográfico não é preciso; um brasileiro lê perfeitamente a ortografia portuguesa e um português lê perfeitamente a ortografia brasileira.» Salvo o devido respeito por aquela minha prezada colega, acho a afirmação escassa.

O dr. Vasco Graça Moura e outras pessoas sensatas fizeram o erro de atacar o Acordo Ortográfico luso-brasileiro em pormenor. A essência dessa monstruosidade acabou por se perder numa discussão técnica por que ninguém se interessa e que ninguém consegue seguir. A essência da questão é, ...

Uma língua nacional africana

 

O Presidente Armando Guebuza disse não gostar que o seu país seja apresentado como de «expressão portuguesa». A fórmula geral é, de facto, ambígua. Moçambique é moçambicano. Mas dito como língua usada há que reconhecer que o português é cimento da nacionalidade moçambicana. A Constituição de Moçambique só o reconhece como "língua oficial", qualquer coisa como um tem que ser. Línguas nacionais são o shona, o macua, o mac...

O Prémio

Não percebo a crítica que Vital Moreira faz ao meu último artigo no seu blogue Causa Nossa. Diz ele que tanto o Acordo como o Protocolo Modificativo foram ratificados pelo Brasil, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe e por isso «já estão juridicamente em vigor em relação a esses três Estados». Mas diz também que Portugal já tinha ratificado o Acordo em 1991 «que não chegou a entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos».