Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa

1. Começo por três afirmações preliminares. Primeiro: uma declaração de desinteresses. Não tenho interesses económicos, dependências políticas ou outras, quando me dedico a analisar a questão do Acordo Ortográfico; aliás, as minhas posições nesta matéria não são novas, já que as defendo desde 1990. Segundo: uma declaração de interesse. (...)

Mais uma discussão sobre o Acordo Ortográfico, mais uma volta no carrossel da confusão, da chantagem emocional e do catastrofismo. Esgrimem-se todos os argumentos possíveis, da suposta inconstitucionalidade do acordo (negada pelos constitucionalistas) à «destruição virtual da própria noção de ortografia» (segundo Vasco Graça Moura) e, pasme-se, aos gastos que as famílias portuguesas terão de fazer em novos livros. Há quem fale em milhõe...

O escritor e poeta Vasco Graça Moura  replica aqui ao constitucionalista Vital Moreira, que, no Causa Nossa, acusava-o de «insistir no erro de considerar ilegal a ratificação do Protocolo modificativo de 2004» do Acordo Ortogáfico, em vias de ratificação parlamentar em Portugal.

O ministro da Cultura [português], José António Pinto Ribeiro, afirmou hoje que vai haver um prazo alargado para a aplicação do acordo ortográfico para que «não haja rupturas desnecessárias».

«O cumprimento não se faz de um dia para o outro. Há professores que têm de ser formados, há “curricula” que tem de ser elaborados. Tudo será feito com tempo e ordem», sublinhou o ministro da Cultura, à margem da tomada de posse da nova Direcção-Geral das Artes e do subdirector da Cinemateca.

Um representante da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara, considerou hoje que «as divergências ortográficas só podem gerar confusões no público».

Este linguista brasileiro falava durante uma conferência internacional/audição pública na Assembleia da República, organizada pela comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura para promover a reflexão sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

O presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Adriano Moreira, exortou hoje os países da CPLP a «garantir os recursos financeiros e humanos para assegurar a aplicação do Acordo Ortográfico».

«A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa têm de decidir sobre os recursos financeiros e humanos para assumir os compromissos resultantes da aprovaçao do Acordo Ortográfico», disse Adriano Moreira.

O reitor da Universidade Aberta (UA), Carlos Reis, defendeu [dia 07/04/2008] que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa «é estratégico e extremamente importante para a visibilidade e afirmação» do português no mundo.

O professor catedrático falava aos jornalistas na Assembleia da República, no final do primeiro painel de uma conferência internacional/audição pública, promovida pela Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura, com a presença de deputados, embaixadores e linguistas.

O professor universitário Carlos Reis classificou hoje como «comportamentos autistas» os daqueles que se opõem ao Acordo Ortográfico, numa conferência internacional e audição parlamentar sobre o tema hoje realizada na Assembleia da República.

«Um acordo (…) é um encontro de vontades, fundado no reconhecimento da dignidade das partes, sem preconceitos, complexos ou reservas mentais, [que] implica disposição para o diálogo e para a abertura, não o fechamento em comportamentos autistas», ...

O escritor Vasco Graça Moura defendeu hoje que o Acordo Ortográfico, que culminará numa homogeneização da grafia da língua portuguesa, serve interesses geopolíticos e económicos do Brasil.

«A aplicar-se o acordo, não tardará a dar-se a supressão na grafia – e portanto também na pronúncia – das consoantes ‘c’ e ‘p’ nos casos em que continuam a ser pronunciadas ou semiarticuladas em Portugal», sustentou Graça Moura numa conferência internacional e audição parlamentar realizada [a 07/04/2...

A deputada socialista Teresa Portugal declarou-se [na terça-feira, dia 7 de Abril] favorável a um Acordo Ortográfico que «tivesse em conta os pareceres de linguistas», numa audição parlamentar sobre a matéria, realizada na Assembleia da República.