A palavra miga tem uma história antiga, que remonta ao latim, mas aquilo que denomina – um pedacinho de pão – é também velha presença na alimentação quotidiana, trazendo ecos do mundo rural. E quem fala de migas fala de sopas, como mostra o tradutor português Vítor Santos Lindgaard no apontamento que a seguir se transcreve, publicado no blogue do autor, Travessa do Fala-Só, em 2 de setembro de 2019.
Longa história têm as letras com que se constrói a escrita. Provavelmente inventada pelos Sumérios, na antiga Mesopotâmia, terá sido, no entanto, a partir dos hieróglifos usados pelos Egípcios que os Fenícios souberam criar um conjunto de sinais que estão na base de grande parte dos alfabetos usados no mundo. Os Gregos deram o seu contributo com a criação de signos claramente vocálicos, e os Romanos definiram a forma da maioria das letras com que se escrevem muitas línguas contemporâneas, entre elas, claro, o português. Mas outras letras foram surgindo, como conta o tradutor e professor universitário Marco Neves no seu blogue Certas Palavras, num texto publicado em 13 de setembro de 2019, que a seguir se transcreve com a devida vénia (manteve-se a ortografia, anterior à do Acordo Ortográfico de 1990; todas as imagens provêm do original aqui transcrito).
Uma ficção em torno do crescente domínio da palavra pronto(s) na conversação, imaginada por Carla Marques. De Pronto adjetivo a Pronto interjeição, feita bordão, sem esquecer Pronto, o advérbio.
Na escrita, os chamados modificadores apositivos, em que se incluem certos grupos nominais e certas relações relativas, são destacados por vírgulas. É este procedimento que permite distinguir graficamente a diferença semântica entre «a minha irmã, que mora na Suíça, faz anos amanhã» e «a minha irmã que mora na Suíça faz anos amanhã». No seu blogue Travessa do Fala-Só, o tradutor Vítor Lindegaard dá dicas para empregar a vírgula corretamente, com estes e mais exemplos, num texto publicado em 30 de agosto de 2019, aqui transcrito com a devida vénia.
A importância da língua portuguesa na era digital em destaque neste artigo do autor, publicado no jornal Público, do dia a 29/08/2019.
O conhecimento da língua portuguesa evita confusões ou o mau uso da mesma. Foi o que não aconteceu ao líder do PSD, Rui Rio, ao criticar a forma como o Governo português tentou resolver a greve dos motoristas, confundiu a expressão «um elefante (ou touro) na loja de porcelanas» com «um elefante na sala». De qualquer modo – como assinala o jornalista Luís M. Faria, em texto que se transcreve a seguir, da Revista do semanário Expresso, do dia 24 de agosto de 2019 – ficou pelo menos o mérito de ter trazido o elefante para o discurso político...
«Ler e ouvir diariamente os media portugueses é um exercício penoso, tantos são os erros de linguagem, escrita ou falada» – escreve neste texto o jornalista João Alferes Gonçalves*, com um caso que vai muito além de um simples erro gramatical...
* Texto publicado na página do Clube dos Jornalistas no dia 24 de agosto de 2019.
A origem de duas expressões «cor de burro quando foge» e «a pensar morreu um burro», neste texto autoria da lexicógrafa Ana Salgado, transcrito, com a devida vénia do blogue Gerador, do dia 21 de agosto de 2019.
Um valente tropeção na 3.ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo do verbo antever, num debate televisivo sobre a greve em Portugal dos camionistas de matérias perigosas e mercadorias.
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