Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Um ponto pouco final
Uso e desuso da pontuação entre gerações

«Cosslett não estava a querer extinguir o ponto final – estava a querer redefini-lo de acordo com a maneira como é usado por gerações diferentes. É um objetivo tradicional, interessante e útil»

Crónica do escritor Miguel Esteves Cardoso, incluída na edição de 26 de agosto de 2020 do jornal Público, onde o autor aborda o desuso de determinada pontuação, nomeadamente o ponto final. Mantém-se a ortografia do original, anterior ao acordo vigente.

Que nos contam as palavras <i>racismo</i> e <i>xenofobia</i>?
Sobre a introdução de duas palavras no português

«É provável que as palavras [racismo e xenofobia]  tenham circulado na sociedade antes das primeiras atestações registadas. Em português, ambas chegam com relativo atraso, algures no século XX, e por meio do francês, a grande referência cultural portuguesa até meados desse século.» A respeito da história dos internacionalismos racismo e xenofobia, um texto da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias de 25 de agosto de 2020.

As 20 palavras mais engraçadas da língua portuguesa
Para rir um pouco...

 Balacobaco, chumbrega, faniquito, gororoba,  mequetrefe, serelepe,  tribufu, urucubaca, xexelento e ziquizira são 10 exemplos de  palavras  tão incomuns quanto o riso que provocam a quem as oiça pela primeira vez neste pequeno artigo publicado no sítio eletrónico brasileiro Escola Educação. 

 

Língua Franca do Boçalnarismo
Autoritarismo e linguagem

«Nos discursos do presidente da República e seus seguidores, uma forma de linguagem emerge – agressiva, repetitiva, ecoando, sobretudo nas redes sociais, o seu barulho ensurdecedor. Vou denominá-la de LFB (Língua Franca do Boçalnarismo)». São declarações do sociólogo brasileiro Renato Ortiz num ensaio onde apresenta exemplos dessa mesma linguagem. Texto original no jornal Nexo, publicado no dia 15 de agosto de 2020, e aqui transcrito com a devida vénia.

Como é que isso vai?
Sobre fórmulas de saudação usadas em Portugal

«A dupla “Como está? Passou bem?” oferece duas oportunidades de confissão pessoal e humana. Há despachar e despachar, há enganar e deixar na dúvida.»

Crónica do escritor Miguel Esteves Cardoso sobre as subtilezas das fórmulas de saudação em Portugal e incluída na edição de 14 de agosto do jornal Público.

Depois das catástrofes humanitárias, dos desastres humanitários das tragédias humanitáriassó nos faltava mesmo o crime humanitário!...

O português, o IILP e o sistema global das línguas
Língua supercentral, de unidade nacional e pluricêntica

«Enquanto língua supercentral – escreve * Margarita Correia,  presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP, o português é uma língua de âmbito internacional (oficial de nove países e da Região Administrativa Especial de Macau), falada em todos os continentes, gravita em torno do inglês (língua global de produção e difusão de conhecimento). Ao mesmo tempo, o português constitui o centro de uma constelação mais restrita, em torno do qual gravitam “línguas nacionais”, e.g. as principais línguas de Angola ou Moçambique, com função veicular. Em linguagem política, o português é "língua de unidade nacional" para vários países. É também língua pluricêntrica

Artigo  publicado originalmente no Diário de Notícias de 11 de agosto de 2020

A glotofagia não  é inevitável
A realidade nos PALOP

«glotofagia não é inevitável», sustenta neste apontamento* a  professora Margarita Correia, lembrando como a aplicação de políticas linguísticas adequadas  em países com linguas nacionais  próprias – como é o caso específico dos PALOP –  «pode atenuar significativamente o processo». 

* emitido no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 9 de agosto de 2020.

 

Das crenças
Desde Galileu, que teve de renegar o heliocentrismo, à hidroxicloroquina e ao vodca para a covid-19...

«No que respeita à língua portuguesa, perdura entre certa camada da população um conjunto particular de crenças, que se sustentam no passado colonial português e que, por seu turno, motivam comportamentos preconceituosos e xenófobos relativamente a variedades nacionais que não a portuguesa. Entre essas crenças contam-se a de que Portugal é o único dono da língua portuguesa, a de que a variedade brasileira difere da europeia por ter sido corrompida – e até de que foi tão corrompida que em rigor já não é português –, a de que a norma-padrão dos países africanos de língua portuguesa e de Timor-Leste é e será o português falado pelas classes cultas do eixo imaginário entre Lisboa e Coimbra.(...)»

[Margarita Correia, in Diário de Notícias de  4 de agosto de 2020.]

O diálogo intercultural em português
Mais ricos e mais plenos, trabalhando juntos

Como viver a pluricentricidade de uma língua, a nossa, idioma oficial em nove países, em quatro continentes e que tem cerca de 270 milhões de falantes?  A pergunta e a resposta da professora universitária brasileira  Edleise Mendes, em crónica emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 2 de agosto p.p.