Fui à Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa, fazer o teste antigeno, mais conhecido por teste rápido. Logo na inscrição prévia (pelo número 1415), quiseram saber se ia de carro próprio. Como sou desmotorizado, optei pela marcação do comum do cidadão que usa transportes públicos ou recorre ao táxi. Chegado ao local onde eu iria ser zaragatoado, nem queria acreditar: todas as indicações que havia recebido (obviamente) em português estavam em inglês, nas placas indicativas da entrada para as tendas hospitalares montadas para o efeito: Walk Thru para os testantes que iam a pé, como eu; Drive Thru para quem viesse de carro, que percorreria uma distância maior.
Se não tivesse ouvido na rádio e na televisão o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa referindo-se a esta sua iniciativa de aquisição de 500 mil testes rápidos à covid-19 – alargáveis em grande escala às escolas e lares do país – era bem capaz de acreditar que tudo ali era tributário das boas graças da Royal Red Cross, a Cruz Vermelha inglesa...
P.S. – Nada de novo, afinal: depois do Clean & Safe do Turismo de Portugal, da Carris Covid Safe, dos modelos operatórios de drive-through e das unidades hospitalares covid-19 free, só faltava mesmo o vírus anglicizante infetar a Cruz Vermelha Portuguesa.