Muito obrigado pelo seu apreço pelas minhas posições.
Quanto às objecções, está no seu direito. Lembro, porém:
Elefanta está taxativamente registada no Vocabulário de Rebelo Gonçalves, na entrada elefante.
Presidenta é o género defendido por linguistas, atendendo aos novos tempos de acesso das senhoras a cargos que sempre foram masculinos. Enquadra-se no critério de considerar sempre o género feminino quando possível (ex.: ministra, juíza, médica, etc.), exigido hoje por muitas senhoras.
É verdade, porém, que as palavras terminadas em e, como utente, pedinte, transeunte, herege, estudante, valente (ou ista, como cançonetista) normalmente representam adjectivos uniformes ou nomes comuns de dois. Estudante e presidente estão assim classificadas nos dicionários; logo está correcto escrever-se «ela é a estudante», «a presidente», etc. (ex.: «esta estudante é a presidente da Associação»).
Há casos mesmo em que a minha sensibilidade na língua me leva a pensar que mudar um género a um cargo muito importante lhe pode tirar dignidade. Daí que numa resposta anterior tenha defendido a designação «Chanceler da Alemanha», para a senhora que actualmente exerce o cargo. Assim, defendo que se escreva «a presidente», com referência a um cargo.
Por outro lado, uma coisa são os cargos, outra coisa os títulos pessoais, para os quais a senhora é natural que deseje ser tratada por senhora presidenta.
Lembro, também, que muitas senhoras preferem que as designem por poetas e não por poetisas. A obra da/o poeta transcende o seu sexo.
Novo acordo
Termos para Portugal: desatualizado, atualmente, objeções
Para o Brasil: linguistas, linguísticos
NOTA: as duplas grafias não implicam alterações obrigatórias na escrita.