Quantificador é um termo usado em linguística e significa «palavra que exprime quantidade, como todo, muito, pouco, cada» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). Segundo Maria Helena Mira Mateus et aliae, Gramática da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, págs. 356-359), os quantificadores incluem os seguintes tipos:
I) Os que exprimem a quantificação existencial: um/uns, algum/alguns.
II) Os quantificadores discretos, que incluem:
— numerais cardinais (um, dois, três, etc.) e ordinais (o primeiro, o segundo, o terceiro, etc.);
— quantificadores que indicam pluralidade, como inúmeros, muitos, vários, diversos, bastantes, poucos, raros (no singular, com nomes massivos: «ela bebe muita água»).1
III) Os quantificadores universais: todos e ambos.
Na Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS) definem-se as seguintes sublasses de quantificadores (ver Terminologia Linguística Ensino Básico e Secundário: alterações, destaques, propostas, Ministério da Educação/DGIDC, 2006, pág. 26/27):
a) universais: todo, nenhum, qualquer, ambos, cada;
b) indefinidos: algum, certo, muito, pouco, tanto, outro, vários, bastante;
c) relativos (introduzem orações relativas): quanto, cujo;
d) interrogativos: quanto...? qual...? que...?
e) numerais: um, dois, três,... (os numerais cardinais da terminologia tradicional)
1 O termo massivo é usado nos estudos linguísticos para classificar nomes não contáveis que «não podem designar partes singulares de conjuntos, são mais dificilmente pluralizáveis do que os nomes contáveis e, nos casos em que admitem variação de número (cf. água, ferro), a oposição singular/plural corresponde a diversidade de qualificações da entidade ou quantificações de porções delimitadas de matéria (cf. ferros).» (Mateus et aliae 2003: 219). Recorde-se, porém, que noutros contextos, o adjectivo massivo não é aceitável e deve ser substituído por maciço («apoio maciço da população»).