Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 1K

Na frase «o local onde vivo é Santo Aleixo», é forçoso que se use a preposição após o verbo viver ou seja, «o local onde vivo é "em" Santo Aleixo»?

Obrigado.

Raffael Cantu Professor Curitiba, Brasil 3K

No mundo das startups e do empreendedorismo no geral, o uso do verbo aplicar tem sido amplamente utilizado como sinônimo do verbo candidatar-se, por exemplo:

«Eu apliquei para a vaga de programador.»

«Eu me apliquei à vaga de programador.»

«Aplique para a vaga de programador.»

Existe equivalência semântica entre os dois verbos ou é apenas uma tradução equivocada do inglês to apply?

Se existe essa equivalência no português, qual é a transitividade adequada?

Maria Teresa Borges de Almeida Tradutora Lisboa, Portugal 1K

Gostaria de saber qual é o gentílico de Dijon: dijonês ou dijonense?

Ao pesquisar, vejo que em português do Brasil se diz dijonense e que em espanhol também, mas confesso que me soa melhor dijonês. Será que as duas formas são admissíveis?

Agradeço, de antemão, a vossa ajuda.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

Numa resposta dada pelo consultório de Ciberdúvidas, está a seguinte frase:

«Se erradicar se aproxima do exagero, irradiar pode também não satisfazer os mais ciosos da integridade semântica das palavras.»

Pergunto, então: a oração iniciada por se é uma oração subordinada condicional típica?

Desde já agradeço a resposta.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 1K

Sabendo de antemão que o uso do infinitivo é um terreno pantanoso que requer cuidado para trilhar, atrevo-me a concordar com a posição da consulente Inês Pantaleão, em 17/5/2022.

Em primeiro lugar, não creio que a frase apresentada por ela seja o caso típico de orações com sujeitos diferentes, a exemplo de «O professor mudou o método de ensino para os alunos aprenderem melhor».

A referida oração («os antibióticos perderam eficácia devido à capacidade que as bactérias têm de lhes resistirem...») é um pouco diferente, devendo-se verificar a necessidade de flexão do infinitivo no âmbito somente da oração subordinada («as bactérias têm a capacidade de resistir aos antibióticos»). Para que flexioná-lo, se o sujeito é o mesmo?

É frase semelhante a estas: «Todos tinham receio de enfrentar o tirano», «Nós vivemos da esperança de ver um mundo mais justo», «Não cobiçavam a glória de ficar em posição de destaque».

Outras de estrutura diferente, mas com sujeito único, também não exigem flexão do infinitivo: "Eles quiseram estar presentes à cerimônia", "Esperamos construir a casa em seis meses".

Nesse caso, vale a máxima de "Por que dizer com muito aquilo que pode ser dito com pouco?".

Luiz Hygino Cunha Lima Reformado Aveiro , Portugal 3K

Cada vez mais ouço/leio a utilização do verbo haver, mais no Brasil, menos em Portugal, quando representando um período de tempo, flexionado a acompanhar o outro verbo duma frase.

Por exemplo: «O preso cumpria pena havia dois anos.»

Sempre soube que não se devia flexioná-lo e dizer: «O preso cumpria pena há dois anos.»

Agradeço que me seja esclarecida esta dúvida.

Ana Lucia Rodrigues Empresária Jundiai, Brasil 3K

Como substituir a expressão «nada pessoal»? Existe a palavra "apessoal"?

Patrícia Moreira Desempregada Faro, Portugal 5K

Gostaria de saber se o comparativo de inferioridade de grande é «menos grande do que».

Confesso que nunca usaria esta construção. Diria «menor do que» ou substituiria o grande por pequeno. Gostaria que me dissessem se é correto. Apesar de ter encontrado esta construção num livro de gramática, parece-me pouco ou nada usual.

Obrigada

David F. Tradutor Barcelona, Espanha 1K

A ortografia portuguesa contempla a possibilidade de que se sucedam mais do que um prefixo hifenizado em palavras compostas sem elementos de ligação (p. ex. vice-diretor-executivo ou ex-vice-diretor-executivo).

Não obstante (e por nunca me ter deparado com um caso desta natureza), ter-se-ia também de hifenizar a junção de uma unidade lexical autónoma (um nome) a uma palavra composta (sem elemento de ligação)?

Por exemplo, temos coleção-cápsula (uma pequena coleção especial de vestuário dentro da coleção mais geral da loja) e, consequentemente, teríamos “guarda-roupa-cápsula” ou “guarda-roupa cápsula” (esta última, talvez, porque poderia tornar mais claro que cápsula modifica restritivamente a unidade completa guarda-roupa” e evitaria outras possibilidades de relações de modificação entre os seus elementos?!)?

Agradeço, desde já, a vossa resposta!

Ausse Saide Docente Cairo, Egito 6K

Tenho visto algumas vezes escrito:

«Ele tem vinte e tal, cento e tal, setenta e tal anos, a fé tem setenta e tal repartições, etc.»

Às vezes: «tenho vinte e algumas mangas»

A minha questão é:

1. Será que está certo dizer-se: «setenta e tal anos», ou «setenta e alguns anos»?

2. Qual é a designação de um número desconhecido entre 3 e 10 ou 3 e 9? Por exemplo tenho 70 e um acréscimo de canetas, porém, não sei se é 73, ou 77, ou 75, ou 79. Será que também diria por exemplo, «tenho setenta e tal»? Em árabe diz-se biḍʿ (todo o número compreendido entre 3 e 10).

Obrigado.