Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Julian Alves Estudante Roma, Itália 1K

Tanto em italiano quanto em espanhol há verbos cujo sujeito vem após o verbo, por exemplo:

1. «Mi piace il cioccolato.»/«Mi piacciono i cioccolati.»

2. «Me gusta el chocolate.»/«Me gustan los chocolates.»

Só que estes verbos piacere e gustar, quando têm como sujeitos verbos no modo infinitivo não mudam.

1.1. «Mi piace cantare e ballare.»

2.1. «Me gusta cantar y bailar.».

I. Eu gostaria de saber esta regra se funciona com o verbo português agradar, ou seja, se o verbo muda ou não, quando o sujeito é composto por verbos no modo infinito, como:

3.1. «Agrada-me dançar e cantar.»

3.2. «Agradam-me dançar e cantar.»

II. E se «agrada-me dançar e cantar» é o correto, por que o verbo fica no singular já que o sujeito é composto: «dançar e cantar»?

Desde já, muito obrigado.

Maria Silva Engenheira Guarda, Portugal 1K

A palavra doçarias pode ser considerada um nome coletivo?

Francisco F. Souza Analista de Sistemas Fortaleza, Brasil 4K

Tenho dúvidas quanto à mais adequada colocação do hífen.

Em vez de escrever «Por toda a vida poder amar-te», eu gostaria de saber se poderia escrever: «Por toda a vida poder-te amar», ao que me foi respondido que sim.

Entretanto, surgiu-me uma nova dúvida: Nesse último caso, o sentido não ficaria diferente, já que o te, originalmente, refere-se a amar («amar a ti») e não a poder?

No Brasil, ele seria escrito «por toda a vida poder te amar», ou seja, em vez de uma ênclise em poder, seria uma próclise em amar.

Não sei se, gramaticalmente, essa colocação já seja "pacificamente" aceita como possível, embora seja bastante difundida na prática. Ela pareceu-me mais apropriada já que, ao que me parece, amar-te seria uma oração subordinada substantiva reduzida de infinitivo, em vez de formar uma locução verbal com poder. A mesma dúvida aparece em «tentar servir-te», etc.

Mais uma vez, grato pela atenção!

Patrícia Moreira Vendedora Faro, Portugal 4K

Tenho uma pergunta quanto ao uso do verbo dever no pretérito perfeito simples. Ele é muito usado?

Pergunto porque numa roda de conversa um amigo disse: «Os donos da casa saíram e todos deveram sair também.»

Pela lógica, a frase é gramaticalmente correta, mas confesso que soou estranho ouvi-la.

Se tivesse ouvido o «ter de» em vez de dever, não teria soado estranho:

«Os donos da casa saíram e todos tiveram de sair também.»

Talvez seja porque quase não ouço a construção do verbo dever no pretérito perfeito simples.

Por isso, pergunto se é muito usado ou não.

Agradeço desde já a atenção dispensada.

Felipe Geremia Nievinski Professor Porto Alegre, Brasil 1K

Qual das seguintes formas seria a mais recomendada: "rádio ocultação", "radio-ocultação", "radiocultação" ou outra?

Trata-se da tradução do termo inglês radio occultation, um fenômeno similar à ocultação astronômica, porém observado através de ondas de rádio ao invés da luz visível.

Para comparação, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (VOLP-ABL) registra rádio-onda e radionda mas radio-oncologia e radioncologia; já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa registra rádio-despertador e rádio-gravador.

Obrigado.

Alexandra Lourenço Estudante Portugal 13K

Sobre abcesso e abscesso, sabendo que ambas as grafias estão corretas, gostaria de perguntar se existe alguma "mais correta" e qual é a mais utilizada.

Obrigada!

Luís Florindo Guia Londres, Reino Unido 1K

dicionário da Infopédia refere que a palavra custarda existe como o aportuguesamento da palavra custard. Não consigo encontrar mais nenhum dicionário que prove que a palavra existe. Podem esclarecer?

Obrigado.

Célia Matos Administrativa Porto, Portugal 1K

«Os residentes abandonaram o prédio e fugiram, sem saberem se teriam casa no rescaldo.»

Nesta frase é correto empregar-se o infinitivo flexionado (sem saberem)? «Sem saber» não será mais correto, já que o sujeito das duas orações é o mesmo? A frase foi retirada da Revista E do semanário Expresso desta semana (7 de outubro).

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 1K

Estou intrigado com o seguinte uso da vírgula após o pronome relativa que usado na narrativa "Um apólogo" de autoria de Machado de Assis:

«Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:...»

Afinal, por que mesmo usar a vírgulas após esse pronome que, se a oração «disse a um novelo de linha» é adjetiva restritiva?

Por gentileza, poderiam me esclarecer o motivo de usar a vírgula neste caso?

Desde já, agradeço o apoio de sempre.

 

N. E. – Um apólogo é uma «narrativa em prosa ou verso, geralmente  dialogada, que encerra uma lição moral, e em que figuram seres inanimados, imaginariamente dotados de palavra» (Dicionário Houaiss).

Ausse Saide Docente Cairo, Egito 2K

Metrorragia, elitrorragia, menorragia.

Qual é a diferença entre os termos supracitados? E será que a menorragia faz parte da menstruação?