Celso Cunha e Lindley Cintra na Nova Gramática do Português Contemporâneo definem que o pleonasmo «é a superabundância de palavras para enunciar uma ideia [...] Ex.: - Sai lá para fora, João.(Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 228).
«O pleonasmo só se justifica para dar maior relevo ou emprestar maior vigor a um pensamento ou sentimento. Quando nada acrescenta à força da expressão, quando resulta apenas da da ignorância do sentido exato dos termos empregados, ou de negligência, é uma falta grosseira.» É este caso o do pleonasmo vicioso.
Exemplos: «Ter o monopólio exclusivo»; «ser o principal protagonista.» Todos os monopólios são exclusivos; o protagonista é personagem principal.
Tendo em conta esta definição, parece-nos que «exaltação violenta» se enquadra no âmbito do pleonasmo vicioso, uma vez que, por definição, exaltação é louvor entusiástico, fanatismo, excitação do espírito; irritação; zanga, encómio excessivo... (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) e, por isso, o adjetivo violenta não acrescenta maior vigor ao substantivo, uma vez que exaltação já encerra a conotação de violência.