As duas opções são aceitáveis, embora traduzam sentidos ligeiramente diferentes.
Os nomes que designam situações abstratas, como sentimentos, e que não são contáveis (isto é, que habitualmente não se quantificam, como acontece em «*dois medos»), são preferencialmente usados no singular1.
No entanto, se estes nomes designarem diferentes tipos de estados psicológicos ou as suas variedades, o plural será justificado.
Assim, se o que se pretende é designar um estado psicológico em geral ou uma situação típica, o singular será a forma mais ajustada:
(1) «Lamentamos o transtorno causado.»
Se se pretende fazer alusão a um conjunto de situações concretas, cada uma delas malsucedida, o recurso ao plural será justificado:
(2) «Lamentamos os transtornos causados.»
Disponha sempre!
*assinala a inaceitabilidade da construção.
1. Não obstante, é possível usar estes nomes no plural, que passam a denotar um evento ou uma entidade concreta (cf. Raposo in Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, p. 961).