O uso de fumaça, com o significado de «fumo», é de facto característico do português do Brasil. Em Portugal, sempre que se verifica a eleição de um novo papa após a realização de um conclave, fala-se de «fumo branco». Caso contrário, quando a eleição não obtém sucesso, recorre-se à expressão «fumo negro».
O termo fumaça, de acordo com o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, resulta da ligação ao núcleo de base fumo do sufixo derivacional -aça. A fumaça, ainda de acordo com o supramencionado dicionário, designa: 1 – uma grande quantidade de fumo; 2 – nuvens provocadas pela aglomeração de fumo. Por fim, são registados como sinónimos de fumaça os termos fumaceira (de origem popular) e fumarada. Também o Novo Aurélio Século XXI regista o termo fumaça como «uma grande porção de fumo».
Na variante europeia do português, o termo fumo (do lat. fumus) aplica-se tanto ao fumo que sai da chaminé da Capela Sistina como ao fumo de um cigarro ou até mesmo ao fumo da lareira. O termo fumaça é então utilizado apenas para assinalar uma grande quantidade de fumo e nalguns idiomatismos populares, tal como «abater as fumaças de/a alguém» (com o sentido de «humilhar alguém») e ainda na locução adverbial, também de origem popular, «na fumaça da pólvora» (no mesmo momento).